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Como a fabricação nacional de hardware pode trazer vantagens ao mercado tecnológico brasileiro

Thiago Tieri 

 

 

O avanço da tecnologia fomenta um dos principais mercados do mundo. Cada vez mais, as pessoas se mostram interessadas em experimentar e utilizar ferramentas, que facilitam tarefas do dia a dia com apenas alguns cliques. Com esse universo gigante a ser explorado, as empresas precisam acompanhar o ritmo dessa evolução para que ainda fiquem vivas no mercado.

 

Uma das grandes apostas das organizações é a fabricação de hardware – componente físico, interno ou externo do computador e outros equipamentos. A resposta por esse interesse está na alta movimentação do mercado envolvendo as peças.

 

Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o mercado brasileiro de tecnologia da informação (TI) movimentou US$ 23,9 milhões em 2023 apenas com o hardware. Esse dado representa 47,8% da participação do segmento no mercado nacional. O número é ainda mais surpreendente no âmbito latino-americano, em que o país ocupa o primeiro lugar no ranking de maior movimento de mercado, com US$ 49,9 bilhões.

 

Visto o potencial que o Brasil possui no setor tecnológico, a fabricação nacional se tornou mais atrativa às organizações. Dados divulgados pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) mostraram que o maior número de empresas e principal centro econômico do país está na Zona Franca de Manaus. O estado do Amazonas alcançou 15,4% do PIB no segmento.

 

As vantagens são inúmeras, mas têm algumas em destaque, a começar por logística e distribuição dos produtos. A redução dos custos de envio e recebimento de peças tem mais benefícios quando realizado no mesmo território. As taxas de transporte e as tarifas de importação são minimizadas e podem resultar em produtos com preços mais competitivos aos fornecedores e consumidores.

 

A produção local de hardware também pode ajudar a impulsionar a economia regional, com a geração de emprego, por exemplo. Uma fábrica nacional demanda de mão de obra e profissionais para que ecossistema da empresa funcione. E, consequentemente, contratam pessoas da região para as vagas.

 

A sustentabilidade é um ponto importante a ser discutido quando se trata de fabricação nacional. Produzir localmente reduz a necessidade de transporte internacional, o que diminui as emissões de carbono. Além disso, as empresas podem adotar práticas sustentáveis, com o uso de material reciclável e processos menos poluentes, por exemplo.

 

É possível perceber que a fabricação nacional de hardware é um pilar crucial para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. No entanto, para que essa produção local seja benéfica, é fundamental enfrentar os desafios existentes, como a burocracia e a carga tributária. Esse investimento cria um ecossistema robusto que beneficia tanto a economia quanto a sociedade, além de fomentar políticas públicas que incentivem o setor.

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Thiago Tieri é gerente de Marketing da Adata/XPG no Brasil.

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