Como o Machine as a Service pode ajudar a diminuir a idade média das máquinas do Brasil
O mais webinar on demand apresentado pela Indústria Xperience, plataforma 100% digital da Feimec – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos e da Expomafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, aconteceu no dia 11 de agosto, com a participação de Raphael Galdino, professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), e Douglas Pedro de Alcântara, Chief Technology Officer da Romi S.A., convidados de Mauro Andreassa, consultor e Coordenador de Conteúdo da Indústria Xperience.
No episódio Servitização de Máquinas-Ferramenta, Galdino apresentou o projeto do Insper que traz os Sistemas Produto – Serviço (PSS – Product Service System) para máquinas-ferramenta. O PSS está relacionado às novas tecnologias digitais em um ambiente da Indústria 4.0, orientado ao produto, ao uso e ao resultado. No PSS orientado ao produto, o cliente compra a máquina e recebe a oferta do serviço de manutenção e peças de reposição. O PSS orientado ao uso funciona como uma espécie de aluguel (leasing), e no PSS relacionado ao resultado, o cliente pagará apenas uma taxa pelo que foi obtido com a máquina e/ou produto adquirido com o fornecedor. Neste caso, não ocorre a aquisição (compra) da máquina, tampouco há uma mensalidade fixa.
Douglas Pedro de Alcântara trouxe o case da Romi, que demonstra a Machine as a Service (Máquina como Serviço), em que o cliente aluga o equipamento conforme as especificidades que necessita. Inicialmente, o projeto apresentou o conceito Machine as a Service (MAAS) como uma franquia com uso de horas. Segundo Alcântara, a MAAS proporciona diagnóstico e manutenção remoto, redução de custos, e a possibilidade de gerenciamento da máquina pelo fornecedor para que o usuário final seja devidamente orientado quanto à utilização.
Raphael Galdino apresentou, também, o sistema de precificação para máquinas-ferramenta oferecidas como serviço. As opções são precificar pelo custo fixo (independente das peças produzidas com a máquina pelo cliente); ou pela cobrança com custo variável (que depende do tipo de peça produzida). Foram mapeados, então, a fase de pré-uso (relacionada à produção, venda, instalação e ao treinamento), a fase do uso (que envolve a utilização da máquina pelo cliente, incluindo a manutenção); e pós-uso, em que é cobrado o custo pela troca de componentes, a mão de obra para o retrofit e a revenda dessa máquina.
“O conceito Machine as a Service não é uma substituição ao mercado de venda de máquinas, é só uma opção para que se consiga diminuir a idade média das máquinas do Brasil, que reflete na produtividade”, disse o CTO da Romi. E Galdino completou: “Hoje temos um parque fabril bastante antigo e, do ponto de vista da produtividade, o ideal é que ele fosse renovado a cada seis anos. Mas, do ponto de vista ambiental, esta solução não é sustentável, sendo que, neste modelo, é substituído apenas o que foi desgastado e o ciclo de vida do produto será maior.”
O webinar on demand está disponível em: https://industriaxperience.e-event.com.br/