Indústria de máquinas projeta crescimento de 6% e prevê aumentar investimentos em 2022
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos encerrou 2021 com “desempenho superlativo”, na avaliação de José Velloso, presidente executivo da Abimaq. Dados divulgados pela entidade no último dia 26 de janeiro, em coletiva de imprensa virtual, indicam que a receita líquida total do setor cresceu 21,6% de 2020 para 2021, totalizando R$ 222.443,59 milhões. A receita líquida interna apresentou variação positiva 25,3% em relação a 2020, somando R$ 168.085,73 milhões.
A Abimaq prevê crescimento robusto de 6% em receita e de 4,5% em produção física em 2022. Comparados aos números do ano passado a expansão é relativamente menor, mas são significativos porque a base de comparação é alta. A expansão projetada para a receita líquida interna é de 3% e o crescimento previsto para as exportações é de 15,6% – em 2021, as vendas externas aumentaram 34,2%, totalizando US$ 9.378,25 milhões.
INVESTIMENTOS – Em 2021, o consumo aparente, que se refere aos investimentos produtivos, aumentou 14,8%, totalizando R$ 308.917,35 milhões. É interessante observar que o setor de máquinas e equipamentos realizou em 2021 investimentos significativos para atender a procura. Foram realizados inversões de R$ 14.521.891 milhões, de acordo com pesquisa da Abimaq. O volume é 68,6% maior que o previsto, de R$ 8.611.488 milhões, no início de 2021. Empresas de todos os portes realizaram investimentos acima do previsto.
O volume de investimentos maiores que os previstos no início de 2021 encontram parte da explicação no elevado nível de ocupação da capacidade instalada, que superou os 80% na maior parte do ano. Em dezembro, o nível de ocupação da capacidade recuou pelo quarto mês consecutivo (-2,2%). Ainda assim, o indicador ficou em 79,2%.
Em 2022, a expectativa é que as empresas do setor aumentem os investimentos em 6,4%, somando R$ 15.452.787 milhões. As empresas de micro e pequeno portes preveem investir R$ 1.191.559 milhões, com aumento de 28,4% em relação aos realizados em 2021; as médias empresas planejam investir R$ 7.353.353 milhões, aumento de 36,5%; e as grandes empresas projetam investimentos de R$ 6.907.875 milhões, com redução de 15,8%. (Franco Tanio)