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ABNT lança normas técnicas sobre a economia circular

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP) revela que 85% das indústrias do país já adotam alguma prática de economia circular em sua cadeia de produção.

 

Para apoiar as organizações na adoção de práticas que busquem reduzir o desperdício ao se aproveitar o máximo do potencial dos recursos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e CNI lançaram no dia 16 de outubro a série de normas ABNT NBR ISO 59004, 59010 e 59020.

 

Os documentos definem conceito e princípios de economia circular, modelos de negócio e ações para a transição e indicadores para mensuração e avaliação da performance de circularidade pelas organizações.

 

“As normas lançadas hoje são um marco da normalização, pois enfatizam a importância da economia circular, que prioriza o reaproveitamento de resíduos, materiais recicláveis e outros elementos que seriam passivos ambientais, se transformam em matérias-primas e novos produtos para diversos setores, diferente da economia linear. Nesse processo, há um ganho econômico e ambiental, contribuindo com as ações de mudanças climáticas e para preservação e regeneração da natureza. Ou seja, estamos falando de um modelo comprovadamente mais sustentável”, destacou Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan.

 

 

“A economia circular está estabelecida globalmente não só como uma agenda de sustentabilidade, mas de desenvolvimento econômico. Ela afeta a forma de produção, modelos de distribuição, soluções de consumo e as alternativas para valorização dos resíduos e produtos no fim de sua vida. Além disso, está mudando a forma com que as empresas se relacionam com suas redes de valor, clientes e entidades públicas. Por isso fizemos questão de participar ativamente da redação das normas técnicas lançadas hoje”, disse Plachta.

 

“Foram normas construídas não só pelo setor industrial, mas por toda a sociedade civil, academia e outros players e que estão servindo de bases para políticas públicas. A CNI vem trabalhando nessa agenda desde 2014 e desde então temos tido avanços significativos até o lançamento dessa série de normas, com ativa participação em todas os debates internacionais”, ressaltou Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI e coordenador da CEE 323 da ABNT.

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