Eletrônica e Informática

Anuário Sindicel 2025 indica que consumo aparente de condutores elétricos de cobre avançou 20,2% em 2024

O Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos de São Paulo (Sindicel) lança Anuário Sindicel 2025, uma publicação que reúne dados, estatísticas e análises do setor de condutores elétricos no Brasil. Essa edição traz informações atualizadas sobre produção, exportações, consumo aparente, desempenho das empresas associadas, tendências tecnológicas e regulatórias, além de perspectivas econômicas para o setor ao longo do ano de 2025.

 

A publicação apresenta uma análise da cadeia produtiva do cobre, os principais produtos cobertos incluem o concentrado de cobre, o cobre refinado, os semimanufaturados (laminados, tubos, conexões, perfis, barras) e os condutores elétricos de cobre e alumínio. Nesta edição, foram incluídos também dados do segmento de fibras óticas.

 

A cadeia analisada abrange desde a extração mineral até a fabricação de produtos transformados de cobre. A metodologia utilizada para os dados de produção foi atualizada, baseada em levantamentos secundários do IBGE entre 2007 e 2022, com projeções para 2023 e 2024 utilizando dados do IBGE e das Secretarias Estaduais da Fazenda. Informações específicas sobre cobre refinado e quatro das cinco famílias de bens semimanufaturados foram obtidas da ABCobre.

 

O comércio internacional foi analisado com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As estatísticas de valor agregado na cadeia e indicadores sociais vieram do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego. Fontes internacionais como o US Geological Survey e o banco de dados do FED de St. Louis foram utilizadas para ampliar a perspectiva. Já os dados sobre acidentes são da Abracopel, e a informalidade foi estimada pelo próprio SindiceL. Todo o levantamento e metodologia foram realizados pela Ex Ante Consultoria Econômica, contratada para a elaboração desta edição.

 

“O Anuário é uma ferramenta essencial para orientar decisões estratégicas em toda a cadeia de condutores elétricos. Ao integrar dados atualizados, análises econômicas e indicadores sociais, conseguimos fornecer um panorama completo do setor, contribuindo para a formulação de políticas públicas e para o fortalecimento da indústria nacional”, afirma Enio Rodrigues, diretor executivo do Sindicel.

 

DESTAQUES

Preços internacionais

O preço do cobre subiu 1,5% ao ano em dólares entre 2007 e 2024. Entre os produtos, tubos e canos de cobre tiveram o maior aumento nos EUA: 3,8% ao ano.

 

Cobre primário e secundário

O consumo aparente de cobre refinado caiu 0,5% ao ano entre 2012 e 2024, totalizando uma retração de 5,3% no período. O consumo per capita no Brasil permanece abaixo do padrão internacional.

 

Semimanufaturados de cobre

A produção cresceu 11,4% em 2024, puxada parcialmente pelo desempenho do segmento de fios de cobre, que teve crescimento acumulado de 23,1% entre 2012 e 2024.

 

Condutores elétricos de cobre

O consumo aparente avançou 20,2% em 2024, revertendo a queda de 2023. Desde 2007, o crescimento médio anual foi de 8,3%, superando a taxa de produção do setor (3,1%).

 

Condutores elétricos de alumínio

Crescimento de 21,7% em 2024. O consumo acumulado entre 2007 e 2024 foi de 76,3%, superando amplamente o desempenho do cobre.

 

Fibras óticas

Produção cresceu 8,7% em 2024. O setor teve expansão média anual de 24,6% na produção e 25,6% no consumo aparente entre 2007 e 2024.

 

Outros produtos de cobre

O consumo aparente caiu 5,3% em 2024, mas teve crescimento médio anual de 6,1% entre 2007 e 2024, superando o dos condutores de cobre.

 

Contas de valor adicionado

O PIB da cadeia produtiva do cobre foi de R$ 15,986 bilhões em 2022, representando 1,2% da indústria brasileira. A mineração respondeu por 64,6% da renda, metalurgia por 12,5% e bens transformados por 22,9%.

 

Indicadores sociais

As mulheres representaram apenas 13,2% da força de trabalho em 2023, mas receberam, em média, 7% a mais que os homens. A rotatividade foi baixa: mais da metade da força de trabalho está há mais de 5 anos no setor.

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