Atividade da indústria paulista cede 0,8% em junho
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista de transformação cedeu -0,8% em junho em relação a maio, na série com ajuste sazonal. Já na série sem ajuste, o primeiro semestre apresentou alta moderada de 1,1% e forte queda do indicador no mês (-7,3%). A principal influência para o resultado do INA do mês se deu pela queda da variável de vendas reais (-2,7%) e das horas trabalhadas pela produção (-0,1%). Os salários médios reais e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiram 0,6% e 0,4% p.p, respectivamente. Os dados foram divulgados ontem (30/07), pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
Apesar do recuo apresentado no mês, José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp, avalia que há uma percepção da redução do nível de incerteza com a aprovação de reformas e estímulos econômicos, que tendem a colaborar para um desempenho melhor da indústria paulista no segundo semestre.
“Além da Reforma da Previdência, que foi aprovada recentemente na câmara em 1º turno, temos uma série de reformas que estão em andamento, como a tributária, a da liberdade econômica, sem falar de ações de estímulos econômicos, como a liberação do saldo das contas ativas e inativas do FGTS. Essas medidas são essenciais para que a indústria paulista tenha um segundo semestre melhor. Sem essas ações, na melhor das hipóteses, iremos repetir o resultado do ano passado”, disse.
SENSOR – A pesquisa Sensor de julho, também produzida pelas entidades, segue pelo terceiro mês consecutivo abaixo dos 50 pontos ao marcar 47,5 pontos, queda de 1,5 pontos, na leitura com ajuste sazonal, sinalizando recuo da atividade industrial para o mês.
Dos indicadores que compõem o Sensor, a variável de vendas recuou para 43,2 pontos em julho, queda de 10,3 pontos. Para o indicador de emprego, houve queda de 0,1 ponto no mês, encerrando em 49,4 pontos. Resultados abaixo dos 50 pontos indicam expectativa de demissão para o mês. Houve queda também para o indicador de estoques que marcou 41,8 pontos ante junho, indicando que os estoques estão muito acima do nível desejado.
Já para a variável que capta as condições de mercado houve avanço. O indicador passou a 52,8 pontos no mês de julho. Acima dos 50,0 pontos demonstra a expectativa de melhora das condições de mercado. O indicador de investimentos subiu 3 pontos, passando para 50,4 pontos, sinalizando alta nos investimentos.