Eletrônica e Informática

Brasil desperdiça potencial energético dos resíduos sólidos urbanos

A Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (abrelpe), divulgou dados inéditos sobre a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), sua destinação final e o potencial de produção energética desperdiçado no Brasil.

A iniciativa marcou o início da parceria institucional entre as duas entidades. “A ABiogás e a Abrelpe têm missões complementares. Uma busca aprimorar a gestão de resíduos e a outra busca valorizar energeticamente os resíduos orgânicos, possibilitando novas fontes renováveis energéticas”, destacou Carlos R. V. Silva Filho, diretor presidente da Abrelpe.

Os dados mostram que o Brasil destinou mais de 42 milhões de toneladas de resíduos sólidos para aterros sanitários em 2018. Considerando que apenas 75% do volume de biogás gerado em aterros sanitários consegue ser captado, a ABiogás e Abrelpe estimam que o Brasil captou 4.213 milhões de Nm³ de biogás. Porém, apenas 9% deste potencial foi utilizado para geração de eletricidade (751 GWh) e menos de 2% produziu 35 milhões de Nm³ de biometano.

Agora, se toda a matéria orgânica gerada em 2018 tivesse sido destinada para aterros sanitários, o potencial do país poderia abastecer 49 milhões de residências ou fazer mais de duas mil viagens à Lua de ônibus (considerando que um ônibus percorre em média 5 km por litro de diesel ou 1,02 NM³ de biometano).

Para Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás, os números reforçam o potencial de expansão do setor de biogás. “Esses números consideram apenas uma fonte de matéria-prima para a produção de biogás e é possível ver o quanto ainda podemos evoluir. O setor de biogás tem um vasto e promissor futuro pela frente e a ABiogás está reunindo todas as forças possíveis para que este potencial vire realidade o mais rápido possível”, destacou.

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