Byd lança sistema de armazenamento de energia em larga escala do Brasil
A Byd lançou o primeiro sistema de armazenamento de energia em larga escala do Brasil junto a uma usina fotovoltaica. Com potência máxima de 1,26 MVA e capacidade de armazenamento de 1,36MWh, o sistema foi instalado em Uberlândia (MG).
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Cemig e a Alsol Energia Renováveis, que iniciaram a operação no dia 15 de fevereiro e investiram ao todo R$ 22,7 milhões. O projeto, pioneiro no país, conta com o sistema de armazenamento de energia ESS da Byd, que se caracteriza pela alta densidade energética e ciclo de vida longo. O sistema de armazenamento utiliza baterias de fosfato de ferro lítio, que são indicadas para aplicação em grandes usinas. O sistema já é utilizado em países como China, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Canadá e África do Sul.
“É um grande orgulho para todos da Byd a implantação do primeiro ESS no Brasil. Esse ajudará a reduzir o consumo de energia no horário de pico, trazendo energia limpa, em um ciclo completo de emissão zero”, afirma Adalberto Maluf, diretor de Marketing, Novos Negócios e Sustentabilidade da empresa.
A usina fotovoltaica de 400kWp combinada com os diferentes sistemas de armazenamento de energia totalizará uma capacidade de 1,58MWh, com potencial de geração de aproximadamente 640 mil kWh/ano, energia suficiente para atender pelo menos 350 residências, com consumo médio de 150 kWh/mês, por um ano.
A UFV está localizada na sede da Alsol no bairro Distrito Industrial, em Uberlândia (MG), e foi inaugurada no ano passado com 300 kW. Desde então, a empresa aumentou 33% a potência do sistema, chegando a 400kW.
Gustavo Malagoli, presidente da Alsol e coordenador da iniciativa, afirma que esta é uma fase essencial para o desenvolvimento do projeto. “Agora vamos colocar em funcionamento, em grande escala, o armazenamento que já estávamos testando em protótipo. O sucesso dessa ligação será um marco para a o setor energético no país e, consequentemente, para os consumidores”, explicou. A energia gerada nesta usina será utilizada por várias empresas da região.
Atualmente, as usinas fotovoltaicas em funcionamento no Brasil fornecem energia para a rede apenas durante o dia, suspendendo o fornecimento no momento em que o sistema é mais demandado. Com a nova configuração, essa lógica é invertida, já que ela permite o armazenamento ao longo do dia com a presença do sol e, a partir das 18 horas, considerado o horário de ponta, é possível injetar na rede 1 MW por uma hora e meia. Outro exemplo, seria injetar 0,79 MW por duas horas ou 0,53 MW durante três horas.
De acordo com o superintendente de Tecnologia, Inovação e Eficiência Energética da Cemig, Carlos Renato França Maciel, o projeto representa a constante busca da Cemig por inovação e traz avanços ao setor elétrico. “Uma das finalidades da usina é o desenvolvimento de um novo modelo de negócio, a partir de plantas híbridas que combinam geração fotovoltaica e sistemas de armazenamentos junto a unidades consumidoras, o que garante a qualidade da distribuição de energia, especialmente em horários de maior demanda”, explicou.
FONTE: IPESI