Cientistas russos criam tecnologia para fabricar peças de titânio com o uso de tecnologia aditiva

 

 

Os métodos tradicionais de fabricar produtos de titânio e suas ligas é uma tarefa tecnológica complexa, que exige tempo e meios para realizá-la. Cientistas da Universidade Estadual do Sul do Ural, na Rússia, desenvolveram uma nova tecnologia para fabricar peças de ligas de titânio usando tecnologias aditivas.

 

A nova tecnologia vai proporcionar economia significativa em todo o processo. Um artigo sobre essa pesquisa foi publicado no prestigiado journal Materials (Q1).

 

Atualmente, produtos de titânio são largamente usados  em engenharia mecânica e aviação devido a sua resistência. Porém, a fundição tradicional é o método mais utilizado para a produção dessas peças. O uso de tecnologias aditivas parece ser um campo muito promissor, pois pode ajudar a criar produtos com geometrias complexas a partir de ligas de titânio e posterior processamento mecânico relativamente leve.

 

“A produção de peças por meio da fundição é um processo tecnológico muito complexo. A produção precisa ser feita em atmosfera controlada (a vácuo ou em ambiente com gás de proteção) para evitar que o titânio se misture com o oxigênio e o hidrogênio. Além disso, o processamento mecânico dessas peças exige condições específicas e equipamentos; assim o processo é conhecido pelos altos custos”, explica a gerente de projetos Marina Samodurova, chefe adjunta do Laboratório de Mecânica, Processos a Laser e Tecnologias de Produção Digital. Ela acrescenta que a possibilidade  criar peças com geometrias complexas e posterior processamento mecânico relativamente leve reduzirá de forma significativa o preço dos produtos acabados.

 

O objetivo do projeto dos cientistas da universidade e dos especialistas da JSC “Kompozit” é desenvolver tecnologia de produção de peças a partir de ligas de titânio, usando a combinação de duas tecnologias aditivas: SLM (Selective Laser Melting) and DMD (Direct Metal Deposition).