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CNI revisa para baixo previsão do PIB do Brasil e do PIB Industrial

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo as estimativas de crescimento da economia e da indústria para este ano. A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou para 2%, ante os 2,7% previstos em dezembro de 2018. A perspectiva para o crescimento do PIB Industrial caiu de 3% para 1,1%. As informações estão no Informe Conjuntural do primeiro trimestre divulgado pela CNI no dia 11 de abril.

“O ritmo da atividade no início do ano foi bem mais fraco do que se esperava. O desemprego permanece alto, as famílias ainda não retomaram o consumo e as empresas enfrentam muitas dificuldades”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. “Além disso, há um certo sentimento de que as medidas, principalmente no campo das reformas estruturais, como a da Previdência, vão demorar um pouco mais para se materializarem e será necessário um prazo maior para que os benefícios das mudanças se espalhem pela economia”, completa Castelo Branco.

De acordo com o Informe Conjuntural, a previsão para o aumento do consumo das famílias diminuiu de 2,9% em dezembro para 2,2% agora. A estimativa para a taxa média de desemprego neste ano subiu de 11,4% em dezembro para 12%. A perspectiva de crescimento dos investimentos caiu de 6,5% para 4,9%. “Sem a retomada do investimento, o crescimento fica comprometido”, avalia a CNI.

O estudo lembra que, apesar do fraco desempenho da atividade, os indicadores macroeconômicos são positivos. Embora mantenha o alerta de que é necessário buscar o equilíbrio fiscal, as previsões da CNI para as contas do governo melhoraram. O déficit primário projetado pela CNI neste ano caiu de 1,57% do PIB em dezembro para 1,39% do PIB agora. A previsão para a dívida do setor público diminuiu de 79,5% do PIB para 78,20 do PIB.

INFLAÇÃO E JUROS – “A inflação mantém-se estável e sem pressões significativas, com expectativas apontando para uma taxa anual abaixo da meta, e as contas externas seguem favoráveis, a despeito do acirramento dos contenciosos no ambiente internacional”, diz o Informe Conjuntural. A estimativa da CNI é que a inflação feche o ano em 4,2%, taxa menor do que a meta de 4,25% fixada pelo Banco Central. Diante deste cenário, a indústria destaca que há espaço para a redução dos juros básicos da economia. A estimativa para a taxa nominal de juros neste ano foi reduzida de 6,83% em dezembro para 6,42% agora.

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