Metal Mecânica

Coletores de lixo com inox têm vida útil maior

A Aperam South America amplia as aplicações e usos do aço inoxidável no Brasil e na América Latina. Um setor que está passando por transformação com uso do inox é o de caminhões coletores de lixo. A empresa desenvolveu soluções, técnicas e comerciais, que viabilizaram a um grande fabricante de equipamentos para os caminhões de lixo implementar o inox em sua linha de produção. A iniciativa é inédita na América Latina.

Desde fevereiro do ano passado, a brasileira Usimeca, que tem fábricas no Brasil, México e Chile, produz equipamentos com inox nos coletores de lixo. A empresa já entregou encomendas para 41 caminhões na cidade de Bogotá, na Colômbia. Em dezembro, Juiz de Fora em Minas Gerais recebeu 25 caminhões com inox aplicados. Há duas unidades em situação experimental rodando nas cidades de Salvador, duas em São Paulo e uma em São Carlos no interior paulista.

Os aços fornecidos pela Aperam compõem o piso da caixa coletora dos caminhões. O material aumenta a durabilidade e resistência mecânica dos pisos em relação a materiais tradicionais, altamente expostos à corrosão e à abrasão provocadas pelos compostos físico-químicos derivados do lixo, o que inclui o conhecido “chorume”, que costuma escorrer pelas ruas quando o coletor está danificado.
“O aço inoxidável diminui a necessidade de manutenção e substituição de peças dos coletores, aumenta em mais do que o dobro a vida útil da caixa coletora, protege integralmente o chassi contra vazamentos do lixo e traz um ganho maior em relação às cidades, com novos e eficazes veículos, ao evitar eventuais vazamentos de chorume pelas ruas”, diz o engenheiro de aplicações da Aperam, João Paulo Sarmento Porto.

Além disso, o engenheiro explica que os aços inoxidáveis dessa família apresentam uma relação custo-benefício muito favorável em relação às demais soluções, o que estimula a substituição deste componente do caminhão coletor. O diretor executivo da Usimeca, Marcelo Porto, explica que essa linha da Aperam trouxe viabilidade à aplicação do inox. “É uma evolução. Estamos buscando juntar o lado econômico com um produto de maior durabilidade, que responda por uma performance melhor”, diz o executivo. A expectativa é de que os coletores com inox alcancem pelo menos o dobro de vida útil, saltando de dois a três anos com materiais tradicionais para cinco a sete anos.

NOVOS USOS – Esta não é a primeira aplicação de aço inoxidável em caminhões proposta pela Aperam South America. O inox está presente em balões de caminhões betoneiras, usados em grandes obras da construção civil. Enquanto o balão em material tradicional tem vida útil em cerca de cinco anos, a expectativa com uso do inox é de 12 anos, pelo menos. A solução é utilizada por uma grande empresa regional no leste de Minas Gerais, e vem sendo atração em feiras relacionadas à Construção Civil no País.

“O inox pode trazer ganhos na gestão de recursos públicos e privados, ganhos operacionais e de produtividade e no retorno dos investimentos”, diz Roberto Nardocci, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Aperam South America. “Estamos atentos a demandas de setores diversos, como agro, mineração, saneamento e esgoto, cuja infraestrutura ou equipamentos e máquinas são expostos a condições severas de desgaste físico-químico, abrasão e corrosão”, explica o executivo.

O mercado de aço inox no Brasil guarda um grande potencial, justamente pelo fato de o consumo aparente estar em um patamar considerado baixo, com pouco mais de 1kg per capita, metade do que já foi há uma década e inferior a países como México e Turquia, diz o diretor da Aperam.

Fonte: Ipesi

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