Consumo aparente de bens industriais cresce em julho
O Brasil demandou mais bens industriais em julho do que em junho deste ano, segundo estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais apontou crescimento de 2,6%. O cálculo considera o desempenho da produção industrial interna, descontadas as exportações e acrescidas as importações.
Comparada com julho de 2018, a demanda por bens industriais avançou 1,2%, enquanto a produção industrial recuou 2,5%. Com esse resultado, o trimestre terminado em julho de 2019 mostrou avanço de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já com relação à variação acumulada em 12 meses, a demanda registrou variação negativa 1,1%.
Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna não exportada cresceu 1,1% em julho deste ano, as importações de bens industriais registraram alta de 8,9% no mesmo período.
As grandes categorias econômicas, em geral, apresentaram crescimento em relação ao mês de junho, com destaque para bens de consumo duráveis (3,9%) e não duráveis (2,6%). Porém, na comparação com julho de 2018 a queda foi disseminada entre as categorias, com destaque negativo para bens de capital (-2,9%) e duráveis (-3%).
O bom desempenho das categorias econômicas em julho em relação ao mês de junho deste ano se refletiu nas classes de produção, com aumento da demanda interna por bens da indústria de transformação em 2,4% em relação ao mês de junho. A extrativa mineral também cresceu, pelo 3º período consecutivo, com alta de 13,3%. Do total de 22 segmentos, 16 avançaram, com destaque para equipamentos de transportes (23,6%) e metalurgia (18,3%).