Metal Mecânica

Consumo de ferramentas de corte no mercado americano patina

O consumo de máquinas-ferramenta nos Estados Unidos aumentou 40% no período de janeiro a abril de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020, com o volume de pedidos atingindo US$ 1,57 bilhão. Porém, no mercado de ferramentas de corte para usinagem não se observa o mesmo movimento.

O consumo de ferramentas de corte nos EUA em abril totalizou US$170 milhões, de acordo com o U.S. Cutting Tool Institute (USCTI) e a AMT – The Association For Manufacturing Technology. A queda em relação a março foi 4,3% (US$ 177,6 milhões). Em comparação a abril de 2020, o aumento foi de 26,3% (US$ 134,6 milhões). No acumulado do ano, o consumo totalizou US$ 641,9 milhões e reflete queda de 6,4% em comparação ao mesmo período de 2020.

“Embora as vendas da indústria de ferramentas de corte tenham diminuído ligeiramente de março para abril, a tendência geral de recuperação parece se manter, apesar das interrupções na cadeia de suprimentos, a falta de incentivo para o retorno da força de trabalho e outros desafios que nossos clientes de manufatura estão enfrentando”, afirma Bret Tayne, presidente da USCTI,

“Os resultados de abril mostram aumentos significativos ano a ano”, comenta Costikyan Jarvis, presidente da Jarvis Cutting Tools. Para ele, esse crescimento se deve à base de comparação baixa, já que abril de 2020 foi o primeiro dos meses de restrições devido à pandemia  de Covid-19. “Infelizmente, os resultados mensais não são tão fortes. Os resultados de abril sofreram uma queda de 4,3% em relação a março de 2021 e indicam uma pausa no retorno da fabricação aos níveis pré-Covid”, complementa.

Nos EUA, as macrotendências ainda são fortes. O índice dos gerentes de compras (PMI) de abril de 60,7 mostrou expansão contínua. Além disso, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de 88,3 permanece alto. Tudo isso aponta para um forte segundo semestre de 2021 e força contínua em 2022.

De acordo com o relatório, apesar dessas tendências positivas, a manufatura ainda enfrenta desafios imediatos. A área aeroespacial comercial ainda está fraca, sem melhora no horizonte próximo. Além disso, há a escassez de chips automotivos que acabam por afetar a produção e, consequentemente a demanda por ferramentas de corte. Pressões inflacionárias são sentidas nos EUA.  Outros fatores que preocupam são a contratação de pessoal e as tarifas de importação majoradas por conta da seção 232 que ainda vigoram, pressionando os preços do aço e do alumínio.

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