CSEM Brasil desenvolve nova geração de painéis solares mais eficientes
Nos laboratórios do CSEM Brasil, em Belo Horizonte (MG), está em desenvolvimento uma tecnologia considerada a nova geração dos painéis solares. As chamadas células solares de perovskita são produzidas utilizando técnicas de impressão de filme fino, onde são depositadas camadas de materiais formando dispositivos fotovoltaicos de perovskita. Estas células possuem propriedades capazes de transformar a luz captada em energia renovável e limpa, sendo uma alternativa às fontes convencionais.
“A eficiência da perovskita tem aumentado desde as primeiras pesquisas relacionadas a sua aplicação para células solares. No início ela teve uma eficiência de aproximadamente 3% e hoje podemos chegar a mais de 25% de acordo com a NREL (National Renewable Energy Laboratory). Alguns estudos apontam ainda que com esses avanços na eficiência da tecnologia em conjunto com o processo de impressão de baixo custo, o Custo Nivelado de Energia (LCOE) previsto para os módulos de Perovskita seja em torno de US$ 0,04/kWh. O LCOE de um painel tradicional varia de US$ 0,10-0,20/kWh”, afirma Rodrigo Vilaça, diretor Técnico do CSEM Brasil.
O processo de fabricação por impressão de baixo custo representa apenas um dos benefícios desta tecnologia que apresenta ainda a possibilidade de inúmeras aplicações e de produção em larga escala, fatores que abrem novas oportunidades de mercado para indústrias de diversos setores.
O CSEM Brasil está ampliando seus laboratórios para possibilitar a pesquisa e desenvolvimento dessa nova tecnologia visando a produção em escala industrial. Essa nova infraestrutura, aliada a equipamentos de ponta e profissionais com alto nível de conhecimento é a receita do CSEM Brasil para impulsionar o país na área de inovação em energias limpas.
FUTURO – Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), publicado em 2017 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), a previsão de crescimento da economia brasileira, nos próximos anos, vai exigir um consumo adicional de energia elétrica. Tal índice deve chegar a 124 GW em 2027. O que indica um salto de 44% em uma década, se considerarmos que em 2017, o consumo foi de 86 GW, em média. O aumento de consumo acende um alerta – é preciso mudar este cenário. Para isto, algumas alternativas se apresentam como: apostar em outras tecnologias para a geração de energia, na geração de energia limpa e alinhar-se à tendência de geração distribuída de energia.
O assunto pode parecer um debate do futuro, mas não é. Diversas empresas já investem em alternativas para a geração de energia. Com a proposta de auxiliá-las, o CSEM Brasil desenvolve pesquisas e projetos nesta área. Estudos que contribuíram para o desenvolvimento das células solares de perovskita e das células fotovoltaicas orgânicas (OPV). Tais estruturas permitem a geração de energia limpa e estão alinhadas à tendência de geração distribuída de energia.