Demanda interna por bens industriais mantém estabilidade em outubro
A demanda interna por bens do setor industrial, apontou avanço de 0,3% em outubro, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais. O número, divulgado no dia 10 de dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi puxado pelo crescimento de 0,8% na produção interna de bens industriais líquida de exportações, acompanhado de um recuo de 1% nas importações desses bens.
“Com esse resultado, o consumo aparente de outubro, que sucedeu queda de 2,4% em setembro, encerra o trimestre com alta de 0,9%”, destaca o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e autor da análise, Leonardo Mello de Carvalho.
Na comparação com o mesmo mês no ano passado, a demanda interna por bens industriais subiu 2,1% em outubro. O resultado superou o desempenho apresentado pela produção industrial, que registrou alta de 1,1%, segundo o IBGE. No acumulado de 12 meses, a demanda por bens industriais seguiu ritmo de crescimento mais intenso (4,3%) que o apresentado pela produção industrial (2,3%).
Em relação às grandes categorias econômicas, a alta registrada em outubro foi bastante disseminada. Bens semi e não duráveis foram o destaque, com avanço de 3,1% frente a setembro. O consumo aparente de bens intermediários foi o único segmento com variação negativa (-0,7%) em relação ao mês anterior.
Quanto às classes de produção em outubro, enquanto a demanda interna por bens da indústria de transformação avançou 0,6% sobre setembro, a extrativa mineral registrou a segunda baixa consecutiva (-3,2%). De um total de 22 segmentos, 11 avançaram. Entre aqueles com peso relevante, o consumo aparente de veículos sobressaiu, com aumento de 3,4%.
O desempenho foi ainda melhor na comparação interanual, com 13 segmentos apresentando variação positiva em outubro ante o mesmo período de 2017. Os destaques positivos foram, novamente, o segmento veículos (16,7%), farmoquímicos (11,8%), além de máquinas e equipamentos (8%). A maior oscilação negativa veio do segmento denominado “outros equipamentos de transporte”, que caiu 28,2%.