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Economia informal responde por 36,5% do PIB brasileiro

A economia informal representa 23% do PIB mundial – ou mais de US$ 10 trilhões movimentados sem a devida declaração, de acordo com o estudo “Digital Payments and the Global Informal Economy”, realizado pela A.T. Kearney por encomenda da Visa.

O estudo analisou o tamanho da economia informal em 60 países, que juntos representam 94% da economia mundial, e analisou a sua relação com os meios de pagamento digital. De acordo com a análise, o aumento de 10% no volume de pagamentos digitais ao ano, durante cinco anos consecutivos, poderia representar um incremento de US$ 1,5 trilhão no PIB mundial.

“É evidente que pagamentos em dinheiro e a economia informal prevalecerão em determinadas situações. Mas à medida em que os pagamentos digitais ganham terreno, muitos stakeholders – de autoridades públicas, instituições financeiras e provedores de serviços de pagamentos até operadoras celulares, comerciantes e empresas – podem dar sua contribuição para reduzir a economia informal”, analisa Sachin Mehta, sócio da A.T. Kearney no Brasil.

BRASIL – Segundo o estudo, a economia informal local responde por 36,5% do PIB brasileiro, o que coloca o país na sexta colocação no ranking da informalidade. “O índice de atividades informais caiu no Brasil entre os anos de 2006 e 2013, mas desde então voltaram a crescer, puxadas por condições econômicas menos favoráveis e mudanças no cenário político”, diz Mehta.

No que diz respeito ao perfil da economia informal, a A.T. Kearney aponta setores como manufatura, comércio atacadista e varejista e serviços imobiliários como os que mais contribuem para a economia informal. Juntos, respondem por 48% das receitas geradas por atividades informais no Brasil. “Ainda que o mercado imobiliário informal seja comum em países em desenvolvimento, no Brasil ele responde por 17% das atividades do setor”, diz Mehta. “O déficit de imóveis acessíveis para a população mais pobre nos grandes centros urbanos estimula o crescimento das favelas, que são alugadas informalmente.”

Se o Brasil conseguir aumentar em 10% ao ano o volume de pagamentos digitais, seria possível alcançar uma redução de 6,6 pontos percentuais, para 29,9% de representatividade no PIB brasileiro no prazo de cinco anos. Nesse mesmo período de tempo, esse aumento nos meios digitais de pagamento também garantiria incrementos de US$ 92 bilhões no PIB; US$ 54 bilhões em arrecadações.

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