Eletrônica e Informática

Empresas migram soluções de segurança física e patrimonial para a nuvem em ritmo acelerado

Crescente número de empresas está migrando suas soluções de segurança física e patrimonial para a nuvem. O segmento de vídeo na nuvem também ganha espaço rapidamente. Pesquisa recente da Genetec, feita com mais de 2.000 profissionais de segurança física ao redor do mundo, constatou que 45% das grandes empresas (com mais de 1.000 empregados) já adotaram soluções híbridas ou na nuvem, o que representa um crescimento significativo se comparado a 2020, quando 26% dos entrevistados disseram ter apenas iniciado sua jornada na nuvem. Além disso, na enquete, 94% dos participantes disseram que têm planos de implementar soluções híbridas ou na nuvem no longo prazo.

“Enquanto muitos departamentos de segurança física estavam hesitantes em levar em consideração soluções conectadas na nuvem no passado, agora, eles têm um maior entendimento dos benefícios que essas soluções trazem e de como elas podem ajudar as companhias a utilizarem melhor recursos para alcançar objetivos de negócios, enquanto minimizam a complexidade operacional no geral”, afirma Adriano Salomão, diretor de Engenharia da Genetec na América Latina e Caribe.

Segundo ele, a maioria dos negócios deseja um sistema de segurança física compreensiva e tecnologicamente avançado, mas ainda se questionam se podem pagar e sustentar o investimento em uma infraestrutura para suportar uma solução IP atual, que inclui servidores, TI e equipe de segurança, cabeamento, instalação de software, e atualizações. “Um dos aspectos mais pesados financeiramente de qualquer implementação de vigilância é a compra e manutenção dos servidores necessários para hospedar aplicações e armazenar arquivos de vídeo de vigilância. E com as empresas expandindo seus esforços na vigilância seus centros privados de dados se tornam mais difíceis de administrar, sustentar e pagar”, comenta Salomão.

Com fabricantes de câmeras de vigilância desenvolvendo câmeras de resolução maior o tempo todo, a demanda por mais armazenamento aumenta exponencialmente, prejudicando uma infraestrutura que não está equipada para acomodar esses avanços tecnológicos. Outro problema é que estão se ampliando também as funções de provedores de segurança, agências governamentais e políticas internas para manter arquivos de vídeo por mais de 90 dias para recuperação, o que exige cada vez mais recursos. “Ao avaliar estas questões, mais e mais empresas têm preocupações constantes com planejamento e orçamento para garantir o atendimento de necessidades operacionais e estratégicas futuras e estão recorrendo às tecnologias de nuvem como resposta”, acredita o executivo da Genetec.

É fato que as soluções na nuvem permitem às organizações implementarem rapidamente novas aplicações para incrementar a segurança de seus negócios, ganhando mais inteligência operacional e agilidade de resposta. Afinal, as soluções na nuvem podem ter sua contratação adequada ao avanço das necessidades, sob demanda, sendo possível também facilmente estender seu acesso a outros áreas das companhias, como recursos humanos, marketing, transporte e outras linhas de operação, que podem obter dados preciosos e estratégicos para aperfeiçoar o negócio. Elas facilitam também a adoção de novas tecnologias, que podem ser integradas de imediato à infraestrutura, com menores custos e riscos, além de agilidade de instalação. “Outra vantagem é que se estas aplicações se provarem bem-sucedidas, os custos de assinaturas podem ser compartilhados pelos diferentes departamentos da empresa, liberando recursos monetários da área de segurança para outros projetos urgentes”, explica Salomão.

A maior adoção das soluções de segurança física na nuvem também se justifica pelo fato dos principais fornecedores de cloud computing terem implementado medidas de cibersegurança bem mais rigorosas para suas infraestruturas do que a maioria das empresas independentes poderiam pagar sozinhas. “Os datacenters dos provedores da nuvem hoje têm de cumprir regulações como a SOC 2, ISO 27001, HiPAA, e PCI. Além disso, as tarefas TI como manutenção de infraestrutura e patching são feitas em tempos mais reduzidos, garantindo a segurança em andamento dos serviços providos”, detalha o executivo.

Salomão argumenta ainda que os provedores de Software as a Service (SaaS) também implementam mecanismos que ajudam negócios a identificar e administrar riscos. De comunicação encriptada e controle de privacidade a rígida autenticação de usuário e ferramentas de monitoramento de sistema de saúde, soluções baseadas na nuvem vêm com uma robusta cibersegurança e elementos de privacidade. Estas funcionalidades embutidas ajudam a automatizar tarefas de manutenção de rotinas de automação, poupando muito tempo e recursos. “É claro que os provedores de serviço de nuvem devem assegurar que os mecanismos de segurança corretos estejam em seus lugares, como comunicação encriptografada, capacidade de proteção de dados, forte autenticação de usuários e proteção de senhas. Não somente essas ferramentas ajudar a proteger as companhias de hackers e outros ataques vindos da internet, mas também garantem que só aqueles com autorizações definidas podem acessar seus recursos, dados, e aplicações”, comenta o executivo da Genetec.

PROCESSO DE MIGRAÇÃO – Ter um sistema de segurança inteiro funcionando na nuvem não é a única opção disponível. As empresas podem utilizar a nuvem para estender as funcionalidades de suas estruturas on premises, criando uma ponte para a nuvem para modernizar a infraestrutura existente, simplesmente adicionando aplicações conectadas ou dispositivos de armazenamento e de software na nuvem. “Uma solução híbrida permite que mantenham servidores on premises das tecnologias existentes e adotar dispositivos adicionais de segurança de acordo com suas necessidades, pois a flexibilidade e escalabilidade da nuvem simplificam expansões ao acomodar vários diferentes objetivos, usos e durações. De uma perspectiva front end, nada muda para o operador, que pode administrar todos os componentes, independente se são baseados na nuvem ou hospedados in loco”, diz Salomão.

De acordo com a Genetec, cada vez mais entidades privadas e públicas estão recorrendo à nuvem para ganhar produtividade, cibersegurança e escala, reduzindo custos e ampliando eficiência e produtividade. Algumas das implementações mais adotadas atualmente são:

-As empresas incluem um on premise Video Management System (VMS) juntamente de uma extensão de armazenamento na nuvem para suportar, por exemplo, vídeos que serão mantidos por mais tempo, reduzidos a uma definição menor.

– As companhias com pegada geográfica global e operações distribuídas, optam por arquiteturas com infraestrutura de nuvem para atender às demandas por gestão de vídeo e aplicações de armazenamento, serviços e componentes conforme necessário. Nesse caso, rodaram uma implementação de VMS maior nas suas sedes, que seriam majoritariamente on premises, com menores, remotos locais federados ao local principal.

– Outras organizações preferem rodar seu VMS ligado a análise de vídeo dentro de sua infraestrutura própria conectada a um número de aplicações na nuvem para exportar e compartilhar vídeos. Essa arquitetura seria característica, por exemplo, de um departamento de polícia municipal, que precisa colaborar seguramente com evidências de vídeo entre delegacias e outras agências de policiamento. Nesse caso, eles podem incluir nuvens locais administradas pela organização maior.

“Ao determinar qual categoria ou subcategoria de arquitetura híbrida quer implementar, uma empresa pode sempre desembocar nas considerações primárias de orçamento, urgência da função, restrições de banda, custo de armazenamento e outros fatores de negócios, que podem incluir um especialista próprio em TI. Mas, graças à flexibilidade sem precedentes da arquitetura híbrida de hoje, independente das necessidades particulares, há uma solução para todo mundo”, completa Salomão.

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