Eletrônica e Informática

Entenda tudo o que é pago na conta de luz

Muitos brasileiros não entendem nada, além do valor a ser pago, na conta de luz. É que, além da quantidade consumida, o valor é variável por uma série de fatores. “É uma equação calculada a partir de cinco componentes: energia, encargos, demanda, bandeiras tarifárias e custos extras. Esses valores podem ser fixos ou uma multiplicação entre uma tarifa e uma unidade de consumo, por exemplo. A energia consumida é medida com base na unidade de kilowatts/hora – a famosa sigla kWh”, explica Christian Cunha, CEO da comercializadora Energizou. “Comprar energia do mercado livre é mais econômico, mas há outras oportunidades de poupar dinheiro quando conseguimos desmistificar essa composição do custo.”

 

O mercado livre de energia está sendo aberto progressivamente a novas classes de consumidores. Até o momento, é acessível apenas a consumidores PJ, com fatura acima dos R$ 50 mil mensais. Contudo, graças a recentes regulamentações aprovadas pelo governo, a partir de 2024 consumidores de alta tensão com gastos mensais na faixa em torno de R$ 10 mil estarão aptas a migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), negociando preços e podento obter economia de até 30% no valor final da fatura. O Energizou APP faz esse cálculo de forma automática, a partir da leitura digital da conta de luz. Mas, Christian explica os principais pontos aqui. Confira:

 

1 – Energia

Componente relativo ao custo para gerar a energia propriamente consumida durante o mês, multiplicado pela Tarifa de Energia (TE), definida pela Agência Nacional de Energia, a AneeL. Pode ser identificada pela fórmula:

Energia = Consumo total de energia no mês x Tarifa de Energia (TE)

 

2 – Encargos

Referem-se ao custo para transportar a energia consumida naquele mês. A tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD) também é um valor definido pela Aneel. Também possui uma fórmula simples:

Encargos = Consumo total de energia no mês x TUSD

 

3 – Demanda

Componente relativo a uma reserva de potência realizada junto com a distribuidora para suprir toda a carga de energia. Imagine que a distribuidora presta o serviço – o cobra por isso – de comprar dos fornecedores o produto em quantidade suficiente para atender seus clientes. Assim, a demanda em kW é a quantidade contratada pela distribuidora. Já a tarifa de demanda é o custo do serviço de contratação. Pode ser identificada pela fórmula:

Demanda = Demanda em kW x Tarifa de demanda

 

4 – Bandeiras Tarifárias

O quarto elemento é relacionado ao custo extra naqueles meses em que o nível dos reservatórios de água está baixo. Criada pela Aneel em 2015, as bandeiras tarifárias vão de verde, sem acréscimos, a vermelho patamar 2, que chega a R$ 9,795 por cada 100 kWh consumidos. Em meses chuvosos, como janeiro e fevereiro, a bandeira tarifária normalmente é verde, segundo o órgão regulador. A equação é a seguinte:

Encargos = Consumo total de energia no mês x Tarifa da bandeira vigente

 

5 – Custos extras

O quinto e último ponto a ser observado é a relação de custos relacionados a impostos, como PIS/Pasep e Cofins, energia reativa, multas, como ultrapassagem de demanda, juros, devoluções, parcelamentos ou outras cobranças específicas. Em alguns municípios, como São Paulo, por exemplo, é cobrada a Cosip (Custeio de Serviços de Iluminação Pública), permitida pela Lei.

 

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