Exportações de eletroeletrônicos crescem 9,5% em outubro

As exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 598,3 milhões em outubro, 9,5% acima das registradas no mesmo mês de 2022 (US$ 546,4 milhões), de acordo com dados divulgados pela Abinee.

 

A área de GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica – registrou o maior percentual de crescimento (+112,6%)., com destaque para a forte ampliação nas vendas externas de transformadores (+374%).

 

Em seguida, observou-se elevação nas exportações de Automação Industrial (+15,3%) e de Utilidades Domésticas (+8,2%), influenciadas principalmente pelos aumentos nas vendas de aparelhos eletromédicos (+92%) e de pilhas (+50%), respectivamente.

 

A área de Componentes Elétricos e Eletrônicos cresceu 2,2%. O desempenho se deve principalmente aos aumentos nas vendas externas de componentes para telecomunicações (+18%), componentes para material elétrico de instalação (+17%) e eletrônica embarcada (+9%).

 

Por outro lado, as vendas externas da área de Telecomunicações diminuíram 38,3%, principalmente devido à queda nas exportações de estações rádio base (-53%).

 

Verificou-se ainda redução nas exportações de Informática (-18,5%), de Material Elétrico de Instalação (-10,5%) e de Equipamentos Industriais (-5,0%).

 

Ao comparar as exportações de outubro de 2023 com o mês imediatamente anterior, verificou-se recuo de 10,4%.

 

IMPORTAÇÕES – As importações de produtos do setor somaram US$ 3,4 bilhões em outubro de 2023, 17,2% abaixo das registradas no mesmo mês do ano anterior (US$ 4,1 bilhões).

 

A área de GTD registrou o maior percentual de retração (-35,3%). Esse resultado foi influenciado pela diminuição nas compras externas de módulos fotovoltaicos (-37%) que diminuíram de US$ 532 milhões para US$ 335 milhões em outubro desse ano.

 

Em seguida, verificou-se recuo nas importações de Informática (-19,7%) e Componentes Elétricos e Eletrônicos (-19,4%). No primeiro caso, observou-se diminuição nas compras de máquinas para processamento de dados (-39%), que recuaram de US$ 116 milhões em outubro do ano anterior para US$ 71 milhões em outubro desse ano.

 

Já em Componentes, o desempenho da área ocorreu devido à retração nas importações de diversos produtos, tais como componentes para telecomunicações (-31%), componentes para equipamentos industriais (-26%), semicondutores (-18%), entre outros.

 

Observou-se ainda diminuição nas importações de Telecomunicações (-11,8%), Material Elétrico de Instalação (-9,8%), Equipamentos Industriais (-8,9%) e Automação Industrial (-4,6%).

 

Por outro lado, as importações de Utilidades Domésticas aumentaram 11,1%. Essa foi a única área que apresentou crescimento nas importações em relação a outubro do ano anterior, principalmente, pelo crescimento nas compras externas de fornos (+326%).

 

Ao comparar com o mês imediatamente anterior, as importações do setor recuaram 5,2%.

 

ACUMULADO ATÉ OUTUBRO – As exportações continuam contribuindo com a atividade do setor. No acumulado de janeiro-outubro de 2023, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 5,9 bilhões, 7,9% acima das ocorridas no mesmo período do ano passado (US$ 5,5 bilhões).

 

A maior taxa de crescimento ocorreu na área de Automação Industrial (+42,9%), influenciado pela expansão nas vendas externas de instrumentos de medida (+45%).

 

Também foi significativo o aumento de 28,1% em Material Elétrico de Instalação, que ocorreu principalmente em decorrência do crescimento nas vendas de fusíveis (+117%).

 

Observou-se também elevação nas exportações de GTD (+28,1%), com destaque para transformadores, cujas exportações aumentaram 140% neste período.

 

As exportações de Componentes Elétricos e Eletrônicos cresceram 1,5%, totalizando US$ 2,4 bilhões. Esse resultado contou principalmente com o aumento nas exportações de eletrônica embarcada (+13%), itens mais exportados do setor, que atingiram US$ 723 milhões.

 

Ainda no que se referem às exportações de Componentes, o acréscimo de 20% nas vendas externas de semicondutores também contribuiu para o resultado da área.

 

Observou-se ainda elevação nas exportações de Equipamentos Industriais (+9,7%) e Utilidades Domésticas (+3,8%).

 

Por outro lado, recuaram as vendas externas de Telecomunicações (-26,9%) e Informática (-6,2%), influenciadas principalmente pelas reduções nas exportações de estações rádio base (-59%) e caixas registradoras (-47%), respectivamente.

 

BALANÇA COMERCIAL – As importações de produtos elétricos e eletrônicos atingiram US$ 35,9 bilhões no acumulado de janeiro-outubro de 2023, resultado 5,1% inferior ao verificado no igual período de 2022 (US$ 37,8 bilhões). Este resultado reflete a queda da atividade do setor.

A maior taxa de retração ocorreu em Informática (-16,8%). Nesse caso, verificou-se redução nas compras externas de máquinas para processamento de dados (-26%).

 

As importações de GTD recuaram 12,5% influenciadas principalmente pela queda nas compras externas de módulos fotovoltaicos (-24%), que diminuíram de US$ 4,3 bilhões para US$ 3,3 bilhões no acumulado de janeiro a outubro de 2023.

 

Apesar da redução de 24%, os módulos fotovoltaicos ocuparam a segunda posição no ranking de produtos mais importados do setor, ficando depois somente dos semicondutores (US$ 4,4 bilhões).

 

Porém, vale lembrar que este montante de semicondutores não se refere somente às importações de um produto, mas sim às compras externas de um grupo de produtos que são classificados como semicondutores, tais como: diodos, transistores, tiristores, circuitos integrados eletrônicos, memórias, etc. Portanto, individualmente, o produto mais importado do setor continua sendo o módulo fotovoltaico.

 

Destaca-se, ainda, que mesmo tendo reduzido as importações de módulos fotovoltaicos, estes itens ficaram na quarta posição entre todos os produtos mais importados pelo Brasil.

 

As importações de Componentes somaram US$ 16,9 bilhões, 10,7% abaixo das ocorridas no igual período do ano anterior. Destacaram-se as importações de semicondutores, que recuaram 20,1%, passando de US$ 5,5 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Vale ressaltar ainda que, no acumulado de janeiro-outubro de 2023, as importações de semicondutores representaram 26% do total da área de Componentes.

 

Além disso, o resultado negativo desta área também foi influenciado pela queda nas importações de componentes para telecomunicações (-26%).

 

Verificou-se ainda, recuo de 0,9% nas importações da área de Material Elétrico de Instalação.

 

Por outro lado, cresceram as importações de Utilidades Domésticas (+19,0%) e Automação Industrial (+14,3%). No primeiro caso, o aumento ocorreu devido a expansões nas compras externas de equipamentos de fornos (+222%).

 

Enquanto em Automação Industrial, o resultado da área foi influenciado pelo aumento nas importações de aparelhos eletromédicos (+17%).

 

Verificou-se ainda aumento nas compras externas de Telecomunicações (+5,6%) e Equipamentos Industriais (+5,2%).

 

No acumulado de janeiro-outubro de 2023, o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos somou US$ 29,94 bilhões, 7,3% abaixo do apontado no mesmo período de 2022 (US$ 32,30 bilhões). Esta redução ocorreu em função do aumento de 7,9% nas exportações e da queda de 5,1% nas importações.