Metal Mecânica

Fabricantes de bens de capital preveem investir R$ 2,7 bilhões em 2019

Os fabricantes de bens de capital mecânicos preveem investir mais de R$ 2,7 bilhões em 2019, uma alta 30,1%, em relação ao volume investido em 2018, de acordo com pesquisa realizada pelo Departamento de Economia e Estatística, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

O setor vem apresentando nos últimos anos uma relação muito baixa entre investimentos sobre receita líquida de vendas, chegando a ficar em 3%. Em 2018, este valor foi de 3,7%, valores muito aquém de outros anos, a média entre 2010 e 2013 foi de 9,3%.

“A saída para o Brasil voltar a crescer é o investimento na indústria de transformação por conta de seu maior valor agregado e pelos maiores ganhos de produtividade, além de gerar emprego e renda para os brasileiros”, afirma João Marchesan, presidente da entidade.

A pesquisa ainda revelou que as “micro e pequenas” e “médias” empresas estão mais dispostas a investir em 2019 com uma previsão superior aos investimentos realizados em 2018 em 48,7% e 50,3%, respectivamente. As grandes empresas também estão mais dispostas a investir, contudo em um patamar um pouco menor, 17,9% superior. “Os investimentos devem ganhar mais fôlego somente no segundo semestre, quando algumas reformas forem aprovadas e o nível de ociosidade reduzido, que hoje se encontra em 25%”, ressalta Marchesan.

Dos investimentos esperados em 2019, 35,5% devem ser destinados para modernização tecnológica, 30,5% na reposição de máquinas depreciadas, 24% na ampliação da capacidade industrial e 10% em outras áreas. “O que deverá impulsionar os investimentos é a nova rodada de concessões de setores de infraestrutura.”

Segundo presidente da Abimaq, o equilíbrio fiscal mais contundente é essencial para melhorar a segurança dos investimentos. “É preciso também reduzir a insegurança jurídica, manter o câmbio competitivo e inflação controlada, além de simplificar e diminuir a carga tributária, ter mais disponibilidade de crédito e facilitar o acesso a juros de mercado menores que o retorno da atividade das empresas.”

Fonte: Ipesi

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