Faturamento do Polo de Manaus recua mais de 11%
O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou faturamento de R$ 36,96 bilhões nos primeiros cinco meses do ano. Em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que atingiu o pico na capital amazonense em maio e levou várias indústrias a suspender ou reduzir as atividades, o resultado foi 11,66% inferior ao mesmo período de 2019 (R$ 41,81 bilhões). Em dólar, o faturamento foi de US$ 7,65 bilhões no período, contra US$ 10,88 bilhões de janeiro a maio de 2019. Os dados são dos Indicadores Industriais do PIM, compilados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Conforme levantamentos realizados pela Suframa, apenas 20% das empresas continuaram normalmente a produção. Cerca de 30% das empresas paralisaram totalmente suas atividades no período de abril e maio e as demais reduziram a produção em algum nível.
Entre os segmentos que, mesmo durante o auge da pandemia, apresentaram um percentual de crescimento no período analisado estão: produtos alimentícios, com faturamento de R$ 263,85 milhões e crescimento de 70,45%; mecânico, com faturamento de R$ 2,09 bilhões e crescimento de 18,61%; naval, com faturamento de R$ 87,66 milhões e crescimento de 10,53%; brinquedos, com faturamento de R$ 61,89 milhões e crescimento de 9,55%; e termoplástico, com faturamento de R$ 2,80 bilhões e crescimento de 4,71%.
Quanto à produção, destaque para os aparelhos condicionadores de ar, tanto tipo split system (1.596.940 unidades e crescimento de 34,67%), quanto tipo janela (156.131 unidades e crescimento de 66,35%); tablets (250.940 unidades e crescimento de 44,35%); e microcomputadores portáteis (202.242 unidades e crescimento de 8,23%).
Em relação aos empregos, o PIM registrou 85.451 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados no mês de maio, o que indica um decréscimo de 3,80% em relação a maio de 2019. A média de janeiro a maio é de 90.272 trabalhadores.
De acordo com o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, os números do PIM foram fortemente impactados pela pandemia da Covid-19, sobretudo, nos meses de abril e maio, quando a capital amazonense registrou altos índices de notificações e de mortes pela doença. “Mesmo diante do cenário desfavorável, a média de empregos continuou no patamar de 90 mil, demonstrando o compromisso das empresas aliado à eficácia do pacote de medidas tomado pelo governo federal para reduzir impactos do coronavírus na economia. Além disso, alguns setores conseguiram aproveitar a janela de oportunidade da pandemia e aumentar o faturamento e a produção”, observou.
Polsin frisou ainda que “dados industriais mais recentes já demonstram que a indústria do parque fabril manauara apresenta dados favoráveis após o auge da pandemia, recuperação que deve ser perceptível com informações compiladas a partir do inicio do segundo semestre deste ano.”