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Fenaf alavanca R$ 50 milhões em negócios

Reunindo os principais players da fundição nacional e internacional, a 18ª Fenaf (Feira Latino-Americana de Fundição) encerrou com público qualificado (42% presidentes/gerentes de empresas) e um montante de negócios expressivo. Conforme a promotora do evento, a Abifa, a feira foi encerrada 5.680 visitantes e R$50 milhões em negócios.

Durante os quatro dias de evento ainda foi possível acompanhar o Conaf (Congresso Abifa de Fundição) e o 9th Brics International Foundry Forum reunindo no Brasil líderes e técnicos da Rússia, China e Brasil que discutiram os rumos do setor de fundição e novas tecnologias que estão sendo implantadas nas indústrias. Neste ano, o evento foi realizado no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, em 9.650 metros quadrados com cem expositores.

De acordo com Afonso Gonzaga, presidente da Abifa, a edição da Fenaf neste ano acompanha o cenário de retomada econômica do setor. “Estamos muito confiantes em atingir a meta (um crescimento de 6,9% para este ano), pois a indústria automotiva, que representa mais de 54% das demandas do nosso setor, tem uma previsão otimista. De acordo com Anfavea é esperado crescimento de 9% na produção, com alta de 11,4% nas vendas no mercado interno.”

Uma das empresas veteranas no evento, a Foseco, fornecedora de insumos para fundição, participa da Fenaf desde a primeira edição, em 1985, e acredita que o evento de 2019 foi um dos melhores no que diz respeito a qualidade do público visitante. “Percebemos que as pessoas vieram mais decididas, mais técnicas, não estão aqui apenas para conhecer. Neste ano, trouxemos novidades da Gifa (International Foundry Trade Fair) como uma forma de mostrar novas tecnologias para o Brasil”, comenta Ernesto Rauter, diretor de vendas e marketing da Foseco.

Estreante no evento, a Fenaf atraiu para São Paulo a empresa turca Çukurova Kimya, produtos para fundição, que viu no evento a oportunidade de expandir seus negócios no Brasil e América Latina. De acordo com Barbaros Tuna, technical sales engineer, a empresa participa pela primeira vez do evento e está em busca de representantes locais e novos parceiros de negócios. “A feira é um importante canal de negócios e estamos animados com a movimentação este ano”.

Paralelamente a feira, o Conaf reuniu cerca de 170 congressistas que durante os quatro dias de evento assistiram à painéis e palestras, onde foram debatidos temas pertinentes do setor como “Novos aços para o setor automotivo” e a “Automação de processos para produção”, entre outros painéis apresentados.

Já o Brics reuniu representantes do setor de fundição do Brasil, Rússia e China. Na pauta da reunião, cenário econômico, a sustentabilidade e no setor, controle de poluição, novas tecnologias e implemento do modelo de indústria 4.0.

Na abertura do evento Luiz Filipe Villas-Boas, presidente do Caef – Comitê Europeu das Entidades de Fundição, falou sobre a busca de uma maior integração da área de fundição em nível mundial. Discorrendo sobre o mercado europeu de fundidos destacou ainda que, no momento, existe uma sinalização de recessão observada nos países da Europa.

A representante chinesa, Fan Qi, vice-presidente da China Foundry Association, comentou que diversas empresas de fundição no país serão fechadas para manter o equilíbrio entre produção e sustentabilidade. “As empresas que não fazem bem à sociedade não vão mais existir, mas no futuro, será melhor para todos. Será tão bom para à própria sociedade quanto para a própria indústria de fundição”.

Pela Rússia Andrew Dibrov resumiu: “A indústria de fundição na Rússia teve seu pior momento na década de 80, mas entrando nos anos 2000 houve uma reversão no mercado, com um crescimento sustentado até os dias atuais”

Promovidos pela Abifa, a Fenaf e o Conaf acontecem a cada dois anos no Brasil. Já a Brics é itinerante e a próxima reunião está marcada para 2020 em Moscou, na Rússia.

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