Firjan vai estimular exploração de óleo em áreas terrestres
Para estimular a volta de investimentos em projetos de exploração de campos de petróleo e gás em áreas terrestres (onshore), a Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) acaba de divulgar o estudo “Ambiente Onshore de Petróleo e Gás no Brasil 2018”, realizado em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip).
“A motivação é a criação de mercados para os fornecedores que operam no Rio, mas outras federações das indústrias do país também estão envolvidas no projeto, como a do Espírito Santo, Maranhão, Sergipe e Amazonas”, explicou a gerente de Petróleo, Gás e Naval do Sistema Firjan, Karine Fragoso.
O estudo recebeu contribuições de 15 instituições e quatro empresas privadas, que forneceram artigos técnicos e mapas das áreas terrestres que serão incluídas no programa, que terá caráter permanente.
Segundo Karine Fragoso, o trabalho apontou que, embora haja um cenário de grande potencial econômico no segmento de campos terrestres, o que vem se registrando é a queda na produção dessas áreas, justamente pela falta de aplicações em projetos. A gerente lembrou que enquanto há campos da Petrobras em áreas do pré-sal em que a produção pode chegar a 20 mil barris/dia, outras, no onshore brasileiro, não passam em média de 17 barris/dia.
Karine Fragoso acrescentou que o esforço agora é trabalhar essas áreas terrestres para atrair novos investidores que permitam produzir os efeitos esperados nesses locais até chegar ao óleo, mas passando por toda a cadeia produtiva, da qual muitas empresas participantes estão hoje com capacidade ociosa.
Na visão da gerente, a falta de investimentos neste segmento é resultado não só da queda do preço do barril no mercado global, mas também pela mudança da estratégia da Petrobras, que hoje está focando a produção na área do pré-sal. Mas, ao mesmo tempo, esta decisão da estatal abre espaço para que investidores de menor porte possam se interessar pelas áreas terrestres, que são bem menos complexas.