Metal Mecânica

Garrett prepara fornecedores para produzir turboalimentadores leves no país

A Garrett Advancing Motion – novo nome da fabricante de turbocompressores que acaba de se separar do grupo Honeywell – já está montando uma cadeia de fornecedores para produzir em sua fábrica de Guarulhos (SP) turboalimentadores para veículos leves de passageiros. As novas células de produção devem ser introduzidas na fábrica em 2019.

Segundo a empresa, algumas montadoras já confirmaram pedidos no Brasil para turbinas que vão equipar motores de 1 a 1,4 litro a partir de 2020 e 2021. A Garrett acredita que todas as fabricantes vão oferecer carros turbinados em quase todas as suas linhas de produtos a partir desta data, mas para isso precisarão de produção local. Para a Garrett, a produção local de turbos leves começa a valer a pena com volumes a partir de 50 mil/ano.

O principal gargalo na cadeia de produção de turbos no país é o fornecimento de carcaças fundidas, que além de ferro fundido precisam ser feitas em ligas metálicas com dosagens variadas de níquel e cromo para trabalhar em altas temperaturas, o que requer processos produtivos mais sofisticados, pouco disponíveis aqui. A Garrett não descarta inicialmente importar componentes, mas afirma que isso só vale a pena para volumes baixos, pois não compensa importar tudo para produzir em alta escala.

Atualmente só a BorgWarner fabrica no Brasil turbos para veículos leves flex, usados pela Volkswagen em seus motores 1.0 e 1.4 produzidos em São Carlos (SP), e que equipam os carros Up!, Polo, Virtus, Golf e Audi A3 Sedan. Há turbos Garrett rodando em modelos leves no país, mas são todos importados com seus respectivos motores, como é o caso dos Hyundai HB20 1.0 e as versões diesel de Fiat Toro, Jeep Renegade e Compass.

A Garrett atualmente produz em Guarulhos apenas turbos para veículos diesel, como picapes, caminhões e ônibus, fornecendo cerca de 15 modelos de turbinas diretamente às fábricas e também para o mercado de reposição, que na América do Sul representa perto de 40% das vendas, devido à envelhecida frota de caminhões da região, cuja idade média é de 20 anos.

Fonte: Ipesi

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