Identifique e combata conteúdos falsos
Os boatos e conteúdos falsos podem ser usados para cometer fraudes, propagar malware, manipular opiniões e influenciar ações. Para orientar a população sobre o que fazer diante de um conteúdo duvidoso, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) elaborou um material atualizado sobre o tema. Lançado no dia 17 de julho, o fascículo Boatos, que integra a Cartilha de Segurança para Internet, traz ainda dicas de como identificar vídeos e áudios manipulados por meio de inteligência artificial, prática que se tem propagado no ambiente digital. O fascículo pode ser acessado gratuitamente no site oficial do projeto .
A publicação está dividida em duas partes: “Não se deixe enganar” e “Ajude a combater os boatos”. Na primeira, o leitor vai encontrar características comuns aos boatos, além de dicas sobre o que observar ao se deparar com uma informação potencialmente falsa. A segunda parte apresenta orientações para evitar a proliferação desse tipo de conteúdo.
“Nem tudo que está na Internet é confiável e muita gente ainda se deixa levar por notícias falsas. No material que acabamos de lançar, reforçamos a importância de ter uma postura inquisitiva, e reunimos elementos para que as pessoas consigam diferenciar mais facilmente um boato de uma informação idônea”, explica Cristine Hoepers, gerente do CERT.br. “Para não ser enganado, é preciso ficar atento e desconfiar, por exemplo, de conteúdos alarmistas ou sem embasamento, especialmente nas redes sociais e aplicativos de mensagens”, complementa.
Conheça abaixo algumas orientações do fascículo Boatos:
– Use o bom senso, desconfie e analise as informações que circulam em redes sociais e demais plataformas – Não acredite cegamente em tudo que vê ou ouve. Analise as notícias e tente identificar características comuns aos boatos, como fonte não citada ou desconhecida e omissão da data e/ou o local do fato noticiado.
– Vá direto à fonte da notícia – Tente achar a fonte original da notícia, ou seja, quem é seu autor e onde foi publicada. Dessa forma, é possível analisar se a pessoa ou organização realmente divulgou o fato, e se ela tem credibilidade em relação ao assunto.
– Confira a data da notícia e dos fatos – Compartilhar informações sem data ou com data alterada é uma tática para gerar desinformação. Às vezes, a notícia pode ser verdadeira, mas ocorreu em outro momento e está sendo distorcida e usada fora de contexto.
– Não se deixe levar pelo título da notícia – Para despertar interesse, atrair cliques, ganhar audiência e lucrar com acessos, os boatos costumam apelar para títulos e imagens sensacionalistas. São os chamados “caça-cliques”.
– Observe detalhes de imagens e vídeos que podem indicar manipulação – Movimentos bruscos, cortes no vídeo, quebras de linhas, distorções de formas e falta de sincronização do movimento dos lábios com a fala podem indicar que o conteúdo foi manipulado via ferramentas de edição e de inteligência artificial.
– Desconfie até mesmo de áudios – Técnicas e ferramentas de edição permitem criar áudios que imitam a voz de pessoas e geram falas completas, com resultados bastante realistas.
– Cheque os fatos em mais de uma fonte – Consultar múltiplas fontes ajuda a confirmar notícias, entender o contexto e os detalhes, e assim reduzir o risco de ser enganado por notícias falsas. Na dúvida, não compartilhe!
Atualmente, o excesso de informações e a velocidade com que elas se espalham, tornaram plataformas, como as de redes sociais e aplicativos de mensagens, ambientes propícios para a multiplicação de boatos. Nesse sentido, a segunda parte do fascículo destaca a necessidade de que cada usuário ajude a combater o problema. “Quanto menos um boato se propagar, menos força ele terá”, diz um dos trechos do material. Por isso, fique atento!
– Informe-se com outras pessoas e meios de comunicação – A diversidade de opiniões contribui para o desenvolvimento do senso crítico, tão importante para o combate à desinformação.
– Oriente as pessoas a não compartilharem boatos – Ajude a esclarecer amigos e familiares que compartilham boatos, explicando a eles que é uma notícia falsa. Se precisar de argumentos, use as análises das agências de checagem.
– Fique atento a golpes – Golpistas fazem uso de boatos para atrair possíveis vítimas, seja por meio de links maliciosos, arquivos contendo malware ou informações enganosas, como números falsos de Pix para recebimento de doações.
– Denuncie contas falsas – Pessoas mal-intencionadas usam contas falsas e bots para compartilhar e comentar boatos. Denunciar essas contas ajuda as redes sociais a identificá-las e bloqueá-las.
– Proteja suas contas de acesso – Atacantes se aproveitam da confiança entre conhecidos. Assim, tentam invadir contas de e-mail e redes sociais com o intuito de usá-las para divulgar boatos, espalhar malware e aplicar golpes na rede de contatos. Para proteger suas contas, crie senhas fortes, ative a verificação em duas etapas, não reutilize senhas e ative alertas e notificações de tentativas de acesso.
CIDADÃO NA REDE – Além do novo fascículo, foi lançado mais um vídeo do projeto Cidadão na Rede, criado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações do NIC.br (Ceptro.br|NIC.br) para difundir e incentivar boas práticas relacionadas à cidadania digital e ao uso da Internet. Com animações de 15 segundos, a iniciativa mostra, de maneira simples, como utilizar a rede de forma correta e responsável, abrangendo questões técnicas e comportamentais.
O novo vídeo explica como reconhecer notícias falsas. Para conferir as outras 112 animações, acesse: https://cidadaonarede.nic.br/pt/videos/ .