Indústria de máquinas fechará o ano com crescimento de 7%; expectativa é repetir o crescimento em 2019
A indústria de bens de capital mecânicos deverá encerrar o ano de 2018, com crescimento da ordem de 7%, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) no último dia 27 de novembro. Para 2019, segundo o presidente da entidade, João Carlos Marchezan, a expectativa é que o PIB brasileiro apresente expansão de 2,5% a 3% e o faturamento setorial aumente 7%. Porém, se crescimento do faturamento em 2018 é devido principalmente às exportações, em 2019, a expectativa é de que a expansão aconteça pela recuperação do mercado doméstico.
A receita líquida total do setor no mês de outubro foi de R$ 7.213,46 milhões, 1,9% acima do mês anterior e 14,4% acima do mesmo mês de 2017. No ano, a receita líquida total foi de R$ 65.129,53 milhões, 7,7% superior ao período de janeiro a outubro de 2017. Ainda que nos meses de novembro e dezembro, os negócios setoriais costumem arrefecer, a Abimaq, baseada no comportamento de anos anteriores, prevê o crescimento da ordem de 7%.
A receita líquida interna no mês de outubro foi de R$ 3.638,74 milhões, 9,4% menor que no mês de setembro e 13,2% maior que em outubro de 2017. De janeiro a outubro, somou R$ 34.816,52 milhões, 0,7% a menos que no mesmo período de 2017.
O consumo aparente de R$ 9.640,56 em outubro foi 2,6% superior a setembro e 25,4% maior que no mesmo mês de 2017. No ano, o consumo aparente de R$ 9.640,56 milhões é 13,9% maior no período de janeiro a outubro de 2017.
O volume de exportação no mês outubro de US$ 951,13 milhões é 29,3% superior ao verificado no mês de setembro e 6% maior que no mês de 2017. No ano, as exportações somaram US$ 8.113,78 milhões, 10,3% maior que no mesmo período de 2017. O destaque nas exportações de outubro foi o segmento de componentes para bens de capital (válvulas e bombas), que foi responsável pelo volume de US$ 96 milhões, ou 29,1% do volume exportado no mês.
No período de janeiro a outubro, houve crescimento em quase todos os segmentos. A exceção foi o segmento de máquinas para a indústria de transformação, que acumulou queda de 13,4%.
Já as importações somaram US$ 1.400.80 milhões no mês de outubro, refletindo crescimento de 23,4% em comparação a setembro e de 23% em relação a outubro de 2017. No ano, as importações no valor de US$ 12.364,97 milhões são 16,4% maiores que no mesmo período do ano anterior. O déficit na balança comercial do setor no período de janeiro a outubro de 2018 é de US$ 4.248,19 milhões, 30,2% maior que no mesmo período de 2017.
O nível de utilização da capacidade instalada no setor foi 0,2 pontos percentuais acima do resultado de setembro (77,5%). Com relação ao nível médio observado em 2017, o setor apresenta cinco pontos percentuais acima no nível de utilização da capacidade instalada, principalmente pelo aumento das atividades produtivas de bens seriados.
Já a carteira de pedidos em outubro registrou retração de 1,3% em relação ao mês anterior e 7,2% abaixo do mesmo mês de 2017. A retração da carteira de pedidos deve-se em grande parte ao desempenho da atividade nos setores de infraestrutura e indústria de base que não iniciaram o processo de recuperação.
O setor empregou 302,6 mil pessoas em outubro, 0,3% a mais que em setembro, somando dez meses consecutivos de aumento no volume de empregos. Em relação a outubro de 2017, o cumento no volume de empregos foi de 4,2%. No ano, o setor de bens de capital mecânicos aumento o quadro de pessoal em mais de 13,5 mil pessoas.