Instituto de Engenharia lança cartilha sobre tecnologia 5G
O Instituto de Engenharia lançou a “Cartilha 5G” com download gratuito no site: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/cartilha-5g/, como parte das comemorações de seus 105 anos, celebrado neste mês de outubro.
“A ideia da cartilha é apresentar à sociedade, de modo simples, como funcionará a tecnologia 5G no Brasil, bem como seus benefícios, aplicações e desafios para a implantação”, explica a engenheira Flávia Cruz, coordenadora da Divisão Técnica de Telecomunicações do Instituto de Engenharia.
No evento de lançamento, realizado no dia 13 de outubro, o engenheiro eletricista Marcos Lazarini apresentou números sobre o crescimento da tecnologia pelo mundo. De acordo com o engenheiro, o 5G já está em 65 países e 1,6 mil cidades. Somente na China são 376 localidades com a tecnologia, seguida dos Estados Unidos, com 284 cidades. A expectativa é de que metade da população mundial terá acesso ao 5G em 2025.
Ainda segundo Lazarini, no Brasil, entre 2022 e 2023 haverá plenamente o início das operações com 5G puro, exatamente após ocorrerem os leilões organizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “O 5G é uma banda larga móvel aprimorada. Também é flexível. Isto é, segmentar a rede de forma inteligente, separando diferentes aplicações e serviços, que desafogará a infraestrutura’, diz.
O especialista complementa que, até a tecnologia 4G era possível conectar pessoas. “Com o 5G iremos conectar coisas. Aí entram termos como ‘internet das coisas’, ‘computação na borda’ (edge computing) e a computação na nuvem (cloud computing)”, pontua.
Um dos pontos de maior orgulho do Brasil está no seu potencial no agronegócio. E a tecnologia 5G fará com que isso seja ainda mais eficaz. É o que diz o engenheiro eletricista Adilson José do Amaral. Ele usa como exemplo uma plantação de algodão, sendo sobrevoada por um drone que envia imagens em alta definição sobre a lavoura. Esses dados vão para um escritório onde a equipe usa óculos de realidade virtual para reproduzir as imagens e recriar a situação do campo.
“Você acha que essa situação é ficção ou realidade? A resposta é: realidade. Isso ocorreu desde 11 de maio, no Instituto Mato-Grossense de Algodão, em Rondonópolis. Não é mais ficção o uso da tecnologia no campo”, aponta Amaral. A expectativa é de que o 5G traga também inovações para veículos autônomos, como tratores, pulverizadores, irrigadores e colheitadeiras. “Conectividade é a palavra”, resume o engenheiro.
No entanto, há um longo caminho a trilhar, pois a tecnologia ainda está distante. Isso porque, segundo o especialista, mais de 70% das propriedades rurais brasileira ainda não têm acesso à internet. Assim, o fundamental é que haja investimento na infraestrutura.