Mais da metade das micro e pequenas indústrias paulistas funcionam normalmente
Pela primeira vez desde o início do ano, o Estado de São Paulo tem mais da metade das micro e pequenas indústrias funcionando normalmente, de acordo com a pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi). Segundo o estudo, em todo o estado 52% delas já voltaram plenamente com suas atividades e 26% ainda permanecem com uma parte das atividades paradas. Outras 15% afirmam que a maior parte das atividades estão paradas e 6% ainda não retomaram.
No interior paulista, 58% das micros e pequenas indústrias estão funcionando normalmente, e 25% estão com pequena parte da produção parada. Em contrapartida, na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, 46% já funcionam normalmente e 27% ainda com pequena parte da produção paralisada.
Entre as micro indústrias, 50% estão funcionando normalmente e 7% ainda permanecem totalmente paradas. Já as pequenas indústrias, este índice sobe para 65% com as atividades normalizadas e apenas 1% ainda não retomaram.
Há sinais positivos também no índice que mede a satisfação das micro e pequenas indústrias. Na escala que vai de 0 a 200, foi registrada a terceira alta seguida, atingindo média de 118 pontos e alcançando o patamar de fevereiro de 2020, início da pandemia.
Quando analisadas separadamente, as pequenas indústrias tiveram melhor desempenho, com 135 pontos no Índice de Satisfação, contra 115 pontos entre as micros indústrias.
Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, os números positivos no interior podem ser justificados pela proximidade das empresas com seus fornecedores e clientes. “Com a crise, a logística para longas distância ficou prejudicada favorecendo os negócios dentro da própria região onde estas micro e pequenas indústrias estão instaladas. Com o relacionamento mais estreito, as chances de retomar e manter as atividades se ampliam. Entretanto, não se pode deixar de lado as dificuldades ainda muito presentes, como custos de produção, falta de crédito e risco de aumento no desemprego”, explica.
A coleta de dados ocorreu de 21 a 30 junho de 2021.