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Metaverso e os gêmeos digitais: qual a relação no futuro da indústria?

Eliezer Moreira (*)

O metaverso é o futuro. Diariamente, somos impactados com essa afirmação e, na medida em que o conceito ganha cada vez mais protagonismo, simultaneamente aumentam-se as projeções acerca da sua usabilidade. Diante disso, cabe às organizações a árdua missão de se adequarem frente a um cenário de inovação e transformação, que acarretará diversas mudanças na forma em que vemos o mundo corporativo.

De forma concisa, o metaverso se trata de uma tecnologia que prevê uma realidade virtual aumentada, em que é possibilitada a realização de experiências e serviços dentro de um ambiente 100% digital. E, embora essa não seja uma tecnologia nova, para muitos passou a ser conhecida principalmente a partir da mudança do nome do império de Mark Zuckerberg para “Meta Platforms”.

Tal popularidade vem despertando a atenção e curiosidade para entender como esse recurso poderá influenciar a sociedade. E, levando em conta os avanços tecnológicos, as projeções quanto a sua aceitação, são favoráveis. Não à toa que, de acordo com um estudo da Gartner, até 2026, 30% das organizações do mundo terão a capacidade de desenvolver produtos e serviços no metaverso.

Tendo em vista a amplitude de possibilidades de utilização que o metaverso abre um outro conceito para complementar esse cenário ganha relevância: os gêmeos digitais. Como o próprio nome faz menção, se trata de uma réplica exata de algo no mundo físico, porém tem a funcionalidade de ajudar a fornecer um feedback mais preciso quanto à versão no mundo real, através da ampla simulação e sensibilidade de determinado produto ou serviço.

E, se tratando do setor industrial, o qual lida constantemente com uma alta volumetria de obrigações e emissão de relatórios, a aplicação dos conceitos do metaverso e gêmeos digitais pode beneficiar a corporação como um todo. Ambas as tecnologias permitem ganhos como agilidade, validação e segurança na execução de testes, análises preditivas dos resultados e receptividade do público, bem como redução do tempo gasto nessas tarefas.

Certamente, a união desses dois conceitos deixa ainda mais promissoras as expectativas com a chegada deste universo digital. Por sua vez, mesmo diante do entusiasmo que nos envolve por estarmos diante do futuro, ainda existem barreiras que impedem a consolidação desse momento. Afinal, o receio e a resistência de se desprender de técnicas de gestão e se aventurar em uma nova oportunidade são grandes desafios a serem superados nas organizações.

Deste modo, precisamos reforçar que, mesmo o metaverso ainda não sendo uma realidade para todos, se preparar é, sem dúvidas, o melhor caminho. Ao considerarmos a indústria como um dos setores a estarem na linha de frente em todo esse cenário de transformação, se aprimorar não é mais algo opcional. Sendo assim, antes de tudo, conhecer a tecnologia é o primeiro passo a ser dado nessa jornada rumo à transformação.

O metaverso abre um leque inimaginável de aplicações e usabilidades e, tendo em vista a chegada de novas tecnologias, a sua expansão é inevitável. Assim, é crucial, nesse preparo, ter um conhecimento prévio que ajudará na escolha e definição de quais deverão ser as ferramentas adquiridas para ajudar nesse processo de transição, assim como adaptar as práticas operacionais para que esta jornada ocorra de forma promissora e assertiva.

Se o futuro era algo que antes não tínhamos dimensão, hoje, já não é mais assim. A tendência é que, cada vez mais, sejamos impactados com novos recursos, e as empresas que não buscarem acompanhar esse cenário de transformação, poderão ficar em desvantagem competitiva em seu mercado. Deste modo, conhecer e desenvolver estratégias para a chegada do metaverso é a linha inicial nessa corrida, cujo ponto de chegada é a inovação e a tecnologia.

(*) O autor é sócio-gerente de Data Center na SPS Group.

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