Metal Mecânica

MRS Logística aplica manufatura aditiva na manutenção ferroviária

A MRS Logística implementou a tecnologia de manufatura aditiva para a fabricação de peças metálicas e poliméricas, com foco na manutenção dos seus ativos. Recentemente, a empresa esteve no Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do Senai-MG, em Belo Horizonte, para acompanhar a chegada da MX3D, a primeira impressora 3D metálica de grande porte da América do Sul.

Essa iniciativa faz parte do projeto CDT Mada (Centro de Desenvolvimento Tecnológico de Manufatura Aditiva por Deposição a Arco), uma parceria entre o Senai-MG, MRS, ArcelorMittal, Belgo Arames e Delp Engenharia. Desde 2022, o projeto visa impulsionar essa tecnologia na indústria pesada.

 

Até 2029, a MRS tem como objetivo amadurecer ainda mais a tecnologia, homologar peças mais complexas, consolidando seu papel como líder em inovação no setor ferroviário.

 

O estudo da manufatura aditiva pela MRS tem como foco a produção e recuperação de peças para a manutenção de equipamentos ferroviários. Com o amadurecimento dessa tecnologia, a empresa busca mitigar a dependência de fornecedores externos, que podem levar até 300 dias para entregar as peças. Isso resulta em economia de tempo e recursos, especialmente para peças que são difíceis de encontrar ou que já estão obsoletas no mercado.

 

A manufatura aditiva também traz benefícios para a sustentabilidade, com a redução do desperdício de material, menor necessidade de estoques, minimizando impactos ambientais. A flexibilidade desta técnica permite ainda a prototipagem rápida e a personalização de peças conforme as necessidades específicas da empresa.

 

Desde que iniciou a avaliação das melhores tecnologias para manufatura aditiva, peças como suportes de lâmpadas, maçanetas para janelas de maquinista, palmilhas para dormentes de aço e guia para cartões de locomotivas já foram fabricadas e estão em utilização na empresa. Um dos exemplos mais relevantes foi a fabricação das rodas para os carros de medição da socadora. Essa peça foi impressa dentro do CDT Mada utilizando arame metálico e atualmente está na fase de testes em campo na MRS.

 

“A roda do carro de medição é a primeira peça metálica feita por manufatura aditiva a ser testada na manutenção de equipamentos de via. Escolhemos essa peça para o teste porque sua compra original costuma ser demorada e seu uso não apresenta riscos operacionais. Acreditamos que essa tecnologia tem potencial para facilitar a substituição de algumas peças originais a longo prazo”, explica Jonas Silveira, especialista de Manutenção Ferroviária da MRS. Como próximos passos, e considerando os resultados obtidos até agora, a MRS está reavaliando seu portfólio de materiais com o intuito de selecionar novas peças que viabilizem ser fabricadas por manufatura aditiva.

 

 

 

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