Eletrônica e Informática

Países menores ocupam os primeiros lugares em capacidade de inovação

Os países mais inovadores, segundo o Indicador de Inovação 2024, são nações menores, como aconteceu nos anos anteriores. A Suíça continua em primeiro lugar com 71 pontos, seguida por Cingapura, que aumentou a sua pontuação em três pontos para chegar aos 68. A Dinamarca também alcançou 68 pontos, tornando-se um dos países mais dinâmicos e inovadores do mundo. Melhorou o seu desempenho em impressionantes oito pontos e lidera em diversas tecnologias importantes, como a tecnologia energética e a biotecnologia. Os desenvolvimentos positivos em Cingapura e na Dinamarca aproximaram os três primeiros países, enquanto a diferença entre eles e os países seguintes – Suécia (58 pontos), Irlanda (55) e Finlândia (52) – aumentou significativamente.

 

O estudo foi divulgado pela Federação das Indústrias Alemãs (BDI) e Roland Berger. Este indicador compara a capacidade de inovação de 35 economias utilizando um modelo de medição estruturado. A análise é centrada em três aspectos principais: primeiro, avaliar o estado atual da inovação (“Criando Inovações”), segundo, explorar o futuro tecnológico dos países (“Desenvolver Campos Futuros através de Tecnologias Chave”), e terceiro, avaliar a sustentabilidade de sistemas econômicos para determinar se operam dentro dos limites planetários e podem ter sucesso a longo prazo (“Economia Sustentável”).

 

GRANDES ECONOMIAS – Depois de vários países menores, incluindo a Bélgica e a Áustria, a primeira grande nação industrial aparece no 11º lugar: a Coreia do Sul, com 44 pontos. A Alemanha segue logo atrás com 43 pontos (-2), caindo do 10º para o 12º lugar, e o Reino Unido surge no 13º lugar com 42 pontos (+1). Os Estados Unidos, com 35 pontos (-7), ocupam o 18º lugar, continuando o lento, mas constante declínio da capacidade de inovação que começou em meados da década de 2000. A estabilização temporária desta tendência foi em grande parte anulada pela pandemia de Covid-19.

A pandemia também impactou a China. Sendo a única grande economia que demonstrou uma melhoria altamente dinâmica na capacidade de inovação ao longo dos anos, a China subiu consistentemente na classificação. Atualmente ocupa a 25ª posição, à frente de países como Itália e Japão. No entanto, a pandemia e as rigorosas medidas de isolamento do governo levaram à estagnação do índice de inovação da China desde 2020.

 

O Japão ocupa o 28º lugar, na extremidade inferior do campo intermediário. O desempenho relativamente fraco do Japão na classificação da inovação deve-se em grande parte a fraquezas em áreas como redes internacionais, desempenho científico, disponibilidade de mão de obra e investimento governamental em pesquisa e desenvolvimento. Apesar do forte desempenho do Japão em atividades de P&D, pedidos de patentes e alta tecnologia, estes pontos fortes não são suficientes para melhorar significativamente a sua classificação geral.

 

As posições mais baixas no ranking são ocupadas por sete economias emergentes, incluindo quatro dos cinco países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, África do Sul), bem como Turquia, México e Indonésia. Com pontuações de indicadores variando entre 21 e 12 pontos, eles ocupam as classificações mais baixas da lista. O Brasil aparece em 32º lugar, com 37 pontos.

 

A dimensão de uma economia influencia significativamente a sua especialização científica e tecnológica e, consequentemente, as suas atividades de inovação. Os países menores precisam de se especializar para concentrarem eficazmente os seus recursos e capacidades limitados. Isto lhes permite destacar-se mais facilmente em áreas específicas, como acontece com a Suíça, Cingapura e Dinamarca – países cujas instituições científicas estão entre as melhores do mundo. As suas indústrias concentram-se em áreas como a farmacêutica, a biotecnologia, a eletrônica e a automação, onde novas pesquisas são particularmente cruciais.

 

Os países maiores, por outro lado, têm uma gama muito mais ampla de atividades. Esta diversidade lhes permite atingir uma massa crítica em muitos setores, mas também pode reduzir a sua eficácia global. As economias maiores são também mais heterogêneas, o que significa que atividades específicas estão frequentemente concentradas regionalmente, como em clusters.

 

Ao olhar para estados individuais dos EUA, por exemplo, a fraca classificação geral de inovação do país é um pouco atenuada. Massachusetts ficaria em 7º lugar e a Califórnia em 13º se avaliados de forma independente, ambos muito acima na comparação global. Da mesma forma, o estado alemão de Baden-Württemberg ficaria em 4º lugar, atrás apenas da Suíça, Cingapura e Dinamarca. Portanto, embora algumas regiões destes países sejam líderes globais em inovação, outras ficam significativamente atrás.

 

O Indicador de Inovação de 2024 reflete o estado das atividades de inovação globais, com base em dados cientificamente comprovados, recolhidos e analisados ​​pelo Instituto Fraunhofer de Investigação em Sistemas e Inovação (ISI) e pelo Centro de Pesquisa Econômica Europeia (ZEW). O relatório destaca que a posição atual de um país é o resultado de decisões e investimentos passados. Por outro lado, o futuro é moldado pelas ações tomadas hoje. Os países que não conseguirem implementar agora as medidas necessárias terão dificuldade em acompanhar os líderes da inovação nos próximos anos.

 

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