Pedidos de máquinas-ferramenta crescem 56% de maio para junho nos EUA
Os pedidos do setor de tecnologia da manufatura cresceram para US$ 346,7 milhões no mês de junho no mercado norte-americano. Em relação a maio o salto foi de 56%, de acordo com o relatório sobre o setor divulgado pela AMT-The Association For Manufacturing Technology. Os pedidos totais foram somente 6% menores em relação a junho de 2019. Pedidos de máquinas novas totalizaram US$ 1,69 bilhão no primeiro semestre de 2020, 26% menos que nos primeiros seis meses de 2019.
“Dado o nível de incertezas que os negócios enfrentam, o forte volume de pedidos de junho evidencia a saúde do setor”, afirma Douglas K. Woods, presidente da AMT. “Embora promissores no clima atual, os pedidos de junho ainda estão 9% abaixo da média mensal de 2019. Os sinais indicam que a atual desaceleração não é tão profunda quanto a inicialmente esperada; no entanto, a duração da crise permanece uma questão em aberto”, acrescenta.
Os pedidos de junho registraram crescimento em vários setores em relação ao ano anterior. Aumentos notáveis ocorreram no setor automotivo, que quase dobrou os pedidos em relação a junho de 2019. Os fabricantes de equipamentos agrícolas quase quadruplicaram e os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial e HVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) mais do que triplicaram os pedidos de tecnologia de manufatura, segundo Woods.
Para o presidente da AMT, ao que parece, as indústrias focadas em produtos de uso final resistiram às tendências econômicas mais amplas e aumentaram a capacidade, enquanto as indústrias mais acima na cadeia de abastecimento seguiram a maré geral. “É apenas uma questão de tempo até que os setores mais acima na cadeia de abastecimento precisem aumentar sua capacidade à medida que os estoques se esgotam e a demanda por peças e componentes aumenta”, complementa.
“Nas conversas com membros (da AMT) e sobre outros pontos dos dados, esperamos que esse impulso continue em julho, mesmo que o total de pedidos esteja um pouco abaixo de junho. Continuaremos monitorando a rapidez com que a demanda se recupera, mas, como Mark Killion, da Oxford Economics, observou em um discurso para os membros da AMT no final de maio, uma ampla recuperação em todos os setores de clientes pode ser ‘enervantemente lento’”.