Pequenas e médias empresas de São Paulo têm financiamento de longo prazo para energia solar
A Secretaria de Energia e Mineração e a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) firmaram um acordo de cooperação que irá facilitar o acesso das pequenas e médias empresas ao financiamento de longo prazo para projetos de geração de energia solar fotovoltaica no estado de São Paulo.
A partir de agora a Secretaria será responsável pela análise e orientação técnica dos projetos que a Desenvolve SP receber para a implantação de sistemas de mini e microgeração distribuída e de energia fotovoltaica. “As fontes renováveis são as energias do futuro. O governo de São Paulo já isentou a cadeia produtiva da indústria solar e agora dá mais um passo no fomento à geração fotovoltaica no Estado”, destaca o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
Com o suporte da equipe da subsecretaria de Energias Renováveis, a Desenvolve SP espera ampliar a geração de energia solar no estado. “São Paulo importa de outros estados cerca de 60% da energia elétrica que consome. Com essa parceria, queremos diminuir essa dependência ajudando as empresas paulistas a adaptarem seus sistemas e a gerarem ao menos parte da sua própria energia, tornando-as mais eficientes e competitivas”, diz Álvaro Sedlacek, presidente da Desenvolve SP.
Para projetos de eficiência energética, a instituição oferece a Linha Economia Verde, que financia, além da compra, a instalação de equipamentos para produção de energia renovável, como placas solares, aerogeradores, caldeiras a biomassa, equipamentos para pequena central hidrelétrica, biogás de aterro, entre outros itens. A taxa de juros parte de 0,17% ao mês (+Selic) e o prazo é de até 10 anos, incluso o período de carência.
O governo do estado quer popularizar a energia solar fotovoltaica e para isso vem fomentando a instalação de novos sistemas pela indústria, comércio e principalmente pela população em suas residências. A instalação desses sistemas permite a substituição da energia elétrica adquirida das concessionárias de distribuição e pode propiciar uma economia considerável devido a sua vida útil de 15 a 20 anos em média.
“Popularizar a geração distribuída, ampliar a segurança energética e simplificar o modelo regulatório para reduzir os custos da energia para a população. Esse é o desafio”, explica o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.
Para acessar a linha de financiamento da Desenvolve SP o projeto deve estar adequado à resolução normativa 482 da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, de 17/04/2012 e suas alterações (517/2012, 687/2015 e 786/2017). A cooperação terá vigência pelo prazo de cinco anos.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA – São consideradas mini ou microgeração distribuída a produção de energia elétrica a partir de pequenas centrais que utilizam fontes renováveis conectadas à rede de distribuição por unidades consumidoras. Microgeração possui potência instalada menor ou igual a 75 quilowatts (kW), enquanto que a minigeração distribuída tem potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 megawatts (MW) para a fonte hídrica e 5 MW para as demais fontes.
O modelo de geração distribuída que mais cresce em São Paulo é a solar fotovoltaica em casas, comércios e indústrias. O estado conta atualmente com mais de 5 mil empreendimentos de micro e minigeração distribuída com potência instalada de mais de 36 MW.