Pesquisa indica que 87% da população consideram a conta de luz cara
A maior parte da população brasileira (65%) considera excessivos os impostos na sua conta de luz (na pesquisa anterior eram 63%) e 87% consideram cara sua conta de energia (esse número é 4% maior que na pesquisa anterior realizada em 2018). Além disso, 64% da população apontaram um esforço em economizar energia para não atrapalhar o orçamento familiar. Esses dados são pesquisa realizada pelo Ibope encomendada Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Divulgada no dia 12 de agosto, a Pesquisa de Opinião Pública 2019 sobre o que pensa e quer o brasileiro do setor elétrico, confirma uma tendência nacional de crescimento dos consumidores que apontam uma série de descontentamentos com o preço que pagam na sua conta de luz e o desejo de serem livres para optar por sua empresa fornecedora de energia.
A pesquisa indicou que 79% gostariam de ter um mercado livre para escolher a sua fornecedora de energia (esse posicionamento cresce com a escolaridade e foi acentuado nas capitais). Um crescimento de 10% sobre o número avaliado em 2018. Entre os pesquisados com nível mais elevado de escolaridade e renda familiar esse número chega a 82%. A pesquisa indica também que 68% dos entrevistados trocariam hoje a sua fornecedora de energia.
Outro dado interessante dessa avaliação pública do setor elétrico brasileiro é a percepção revelada em 57% da população de que o custo da energia deve cair com a abertura do mercado.
Para Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel, que encomenda anualmente essa pesquisa, os resultados apontam um crescimento constante no interesse do brasileiro em ter liberdade de escolha. “O Brasil não pode caminhar na contramão do mundo. Países desenvolvidos abriram seus mercados de energia e desfrutam de uma economia e de um crescimento de produção que o nosso mercado também merece”. O mercado livre no Brasil já existe, embora esteja restrito a grandes consumidores, que alcançaram uma economia em torno de 185 bilhões de reais nos últimos 16 anos.
O Ibope ouviu 2002 pessoas no Brasil, entre os dias 23 e 27 de maio, 53% dos entrevistados foram do sexo masculino e 47% do sexo feminino, a idade dos entrevistados variou de 16 a 24 anos (17%) até pessoas cima dos 55 anos (23%). Foram entrevistadas pessoas com escolaridade até a 4ª série (21% dos entrevistados), passando pelo ensino fundamental e médio (58%) até o curso superior (21%). Foram amostradas na pesquisa as regiões Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro Oeste do Brasil.