Plano Safra 2022-2023 amplia crédito para energia solar a produtores rurais
A nova edição do Plano Safra 2022-2023, divulgado no dia 29 de junho pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que prevê um montante de R$ 340,88 bilhões para investimentos em projetos no agronegócio, 36% a mais do que no ano anterior, traz um importante avanço para a sustentabilidade no agronegócio, já que amplia os recursos e opções de financiamento para produtores rurais que buscam investir em energia solar.
A análise é do CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Segundo o executivo, há linhas de crédito para geração própria de energia solar disponíveis para produtores rurais de todos os portes e em todas as regiões do Brasil. “A energia solar é cada vez mais estratégica ao agronegócio, pois traz inúmeros benefícios e ganhos de competitividade aos produtores rurais.
“A sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades”, explica Sauaia.
Dos recursos disponibilizados no Plano Safra 2022-2023, serão destinados R$ 246,3 bilhões para custeio e comercialização (+39%), além dos R$ 94,6 bilhões para investimentos. Também serão alocados R$ 2 bilhões para subvenção ao seguro rural, R$ 53,6 bilhões para o Pronaf (+36%) e R$ 6,19 bilhões para o Plano ABC+ (+22,6%), entre outros programas.
Um dos destaques desta edição veio da inclusão da utilização de energias renováveis no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), bem como a atualização da descrição de itens financiáveis como crédito rural. Com isso, os programas de financiamento do Plano Safra que já incorporam o uso de energia solar pelo agronegócio são: Pronaf, Inovagro, Prodecoop, ABC e Pronamp. Somadas, estas linhas representam R$ 40,6 bilhões para investimentos em projetos no meio rural, um aumento de 50% em relação aos R$ 26,9 bilhões da edição anterior.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, a tecnologia fotovoltaica reduz os custos com eletricidade, aumenta a segurança elétrica, protege o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade e aumenta a oferta de energia elétrica na propriedade rural. “Desta forma, torna a produção no campo mais limpa e sustentável e agrega valor à marca do produtor rural. Tudo isso se reflete na oferta de um alimento mais barato na mesa dos brasileiros”, comenta.