Produção de aço aumenta 4,7% em setembro
A produção de aço no mês de setembro caiu 4,7% na comparação com o mês de agosto devido, principalmente, à retração da produção de semiacabados. As vendas internas apresentaram crescimento expressivo, de 7,1%, em setembro na comparação com o mês anterior, confirmando a recuperação do mercado interno.
A indústria brasileira do aço, no período mais agudo da grave crise de demanda em abril passado, operou com apenas 42% da sua capacidade instalada e teve que abafar e desligar altos fornos, aciarias e laminações. Devido à recuperação em “V” do mercado interno, religou seus equipamentos e passou a produzir e a vender para o mercado interno em níveis superiores ao início do ano, em janeiro e fevereiro.
“As vendas internas de laminados no mês de setembro ficaram 15,5% acima da média das vendas ocorridas em 2018 e 2019. Não procede, portanto, as especulações de que estaria havendo desabastecimento do mercado interno, devido ao retardamento no religamento dos altos fornos do setor e ao incremento das exportações. Estas, em setembro, ficaram 14,2% abaixo da média das exportações realizadas em 2019. No tocante ao consumo aparente de produtos siderúrgicos, em setembro, este subiu 8% em relação a agosto, devido preponderantemente ao crescimento das vendas internas”, disse Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil.
CONFIANÇA – Aço Brasil está divulgou também o Índice de Confiança da Indústria do Aço referente ao mês de outubro. “Nesse mês, o Icia alcançou 85,2 pontos após crescer 13 pontos na comparação com o apurado em setembro. A rápida recuperação da atividade da indústria do aço elevou a confiança dos empresários do setor para patamares recordes em todos os indicadores de situação atual e de perspectivas”, destacou Marco Polo.
ACUMULADO ATÉ SETEMBRO – A produção brasileira de aço bruto foi de 22,3 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2020, o que representa uma queda de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 15,5 milhões de toneladas, queda de 10,8% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2019. A produção de semiacabados para vendas totalizou 5,9 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2020, uma retração de 10,4% na mesma base de comparação.
As vendas internas foram de 13,5 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2020, o que representa uma retração de 4,2% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 14,9 milhões de toneladas no acumulado até setembro de 2020. Este resultado representa uma queda de 5,5% frente ao registrado no mesmo período de 2019.
As exportações alcançaram 8,6 milhões de toneladas no acumulado até setembro de 2020, uma queda de 9,9% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as exportações atingiram US﹩ 4,2 bilhões e recuaram 25,5% no mesmo período de comparação.
As importações alcançaram 1,5 milhão de toneladas no acumulado até setembro de 2020, uma queda de 22,9% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US﹩ 1,6 bilhão e recuaram 18,6% no mesmo período de comparação.
SETEMBRO – Em setembro de 2020 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,6 milhões de toneladas, uma alta de 7,5% frente ao apurado no mesmo mês de 2019. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 2,6% inferior do que a registrada em setembro de 2019. A produção de semiacabados para vendas foi de 456 mil toneladas, uma redução de 31,9% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2019.
As vendas internas cresceram 11,8% frente a setembro de 2019 e atingiram 1,8 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,9 milhão de toneladas, 8,2% superior ao apurado no mesmo período de 2019.
As exportações de setembro foram de 756 mil toneladas, ou US﹩ 379 milhões, o que resultou em queda de 20,9% e 27,4%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2019.
As importações de setembro de 2020 foram de 142 mil toneladas e US﹩ 171 milhões, uma redução de 22,9% em quantum e 19,0% em valor na comparação com o registrado em setembro de 2019.