Programa TechD nasce com recursos de R$ 18 milhões
Para promover a aproximação entre startups, empresas brasileiras, centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I), instituições de pesquisa científica e tecnológica (ICTs) e universidades, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com a Softex, lançou no dia 29 de junho o Programa TechD, em evento no inovaBra habitat, espaço de coinovação do Bradesco.
Sob a gestão da Softex, o Programa TechD contará com recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 18 milhões para impulsionar projetos inovadores focados em quatro linhas temáticas: IoT, saúde, energia e mobilidade. Para a sua realização, contará com as parcerias estratégicas da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Investir em inovação é fundamental para o desenvolvimento e recursos para P&D são também essenciais para a nossa economia. Daí a importância deste programa em parceria com o MCTIC que tem como meta o atendimento inicial a 30 projetos”, destacou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.
O TechD contará na primeira rodada com recursos da ordem de R$ 13 milhões para investimentos em bolsas para pesquisadores e para apoio direto a projetos de pesquisa por meio das ICTs – sendo 50% recursos do programa e 50% dos parceiros – além da expectativa de captação de mais R$ 4 milhões junto às empresas consumidoras de tecnologia. Em uma segunda rodada, serão aportados pela Softex mais cerca de R$ 6 milhões.
Além de tornar a produção científica uma importante ferramenta no posicionamento mundial do setor de software, hardware e serviços de TI, o TechD colaborará para o desenvolvimento de tecnologias com maior valor agregado e que possam contribuir para melhorar o ranking do Brasil como país inovador. Hoje, figuramos na 99ª posição no Global Innovation Index 2017.
O MCTIC e Softex apontam ainda entre os benefícios gerados pelo TechD o desenvolvimento de competências para P,D&I em IoT, saúde, energia e mobilidade; a transferência tecnológica entre empresas, ICTs e startups; o aumento do número de patentes e registros, a redução dos custos na utilização de tecnologias habilitadoras por empresas brasileiras e o aumento da exposição no exterior de companhias e soluções brasileiras de alto valor agregado. A sociedade também será favorecida direta ou indiretamente através das tecnologias desenvolvidas e dos empregos e especializações gerados.
“O apoio às atividades de P,D&I que visem negócios inovadores alinhados às novas tendências tecnológicas permitirá construir uma competência nacional para o desenvolvimento de aplicações avançadas de software, hardware e serviços de TI, contribuindo para posicionar o Brasil como um dos protagonistas mundiais do setor, tornando o país menos dependente de tecnologias internacionais, produzindo serviços inovadores de maior valor agregado e altamente competitivos no mercado internacional”, explica Ruben Delgado, presidente da Softex.
O TechD surgiu de um levantamento realizado pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (Cati), vinculado à Secretaria de Políticas Digitais (Sepod) que, reconhecendo as necessidades de acompanhar as tendências tecnológicas mundiais, elencou algumas áreas temáticas consideradas prioritárias, com destaque para soluções de inteligência artificial, IoT, computação cognitiva e de alto desempenho, big data & analytics, tecnologias em nuvem e cibersegurança.
Os desafios gerados por essas novas tecnologias exigem tanto do ambiente empreendedor e acadêmico como também das empresas o conhecimento e a capacidade de integrar software, hardware e serviços de TI no desenvolvimento de aplicações complexas.
A missão do Programa TechD é justamente fazer a ponte entre o universo empreendedor e o de pesquisa, gerando negócios inovadores e contribuindo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Inovação Brasileiro por meio da integração e da maior convergência entre startups, centros de P&D, universidades e empresas do setor produtivo em geral que possam se interessar pelas tecnologias propostas.
A realização do TechD está dividida em três fases. A primeira, focada na assinatura de parcerias com as instituições com capacidade de desenvolvimento tecnológico dentro dessas quatro linhas temáticas – IoT, Saúde, Energia e Mobilidade – firmou 29 acordos.
Agora, o TechD entra em sua segunda fase: o convite a grandes empresas que tenham interesse em consumir ou investir nesses temas. A terceira etapa envolve a chamada pública para que startups ou pesquisadores proponham projetos que apresentem soluções a serem validadas no mercado. Como plataforma de testes os participantes utilizarão as necessidades das grandes empresas parceiras do programa. As soluções desenvolvidas também serão validadas junto ao seu mercado potencial tanto no Brasil como no exterior.