Santa Rita do Sapucaí vai se tornar cidade inteligente
Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, está prestes a se tornar uma cidade inteligente. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) habilitou o Inatel para a execução de um projeto piloto que será conduzido em parceria com a Prefeitura Municipal de Santa Rita do Sapucaí, com as empresas Ericsson e Tim, e com as startups Pixel, Das Coisas, Fractum e Laager Inovações. A ideia é que ele seja replicado também nas cidades de Caxambu (MG) e Piraí (RJ).
O projeto prevê a implantação de soluções inteligentes para iluminação, segurança e rastreamento de veículos, dentro do contexto de Internet das Coisas. De acordo com Marcelo Goldenstein, engenheiro do BNDES, o projeto foi selecionado e habilitado, mas ainda precisa cumprir diversos requisitos e ser submetido à aprovação da diretoria. Após a liberação dos recursos, que deve ocorrer dentro de seis meses, a instituição terá 24 meses para disponibilizar as aplicações.
“O primeiro passo será conectar alguns postes da cidade para criar uma rede cobrindo parte do município. Com isso, será possível habilitar os serviços inteligentes de iluminação. Na sequência, serão instaladas câmeras de segurança em alguns postes. Com o ambiente preparado, será possível posteriormente implantar outras tecnologias, como soluções de identificação facial, estacionamento inteligente etc. Portanto, a intenção é que o projeto induza o surgimento de novas soluções que atendam às necessidades do município”, explica o gerente de Desenvolvimento de Negócios do Inatel, Leandro Guerzoni.
A iniciativa integra as ações do Inatel Smart Campus, que tem como uma de suas finalidades estender os resultados das pesquisas realizadas dentro da instituição para a comunidade. O novo projeto dará sequência ao projeto experimental que ocorreu no passado, quando o Inatel instalou 18 câmeras de monitoramento na cidade.
Para o prefeito de Santa Rita do Sapucaí, Wander Chaves, o projeto trará inúmeros benefícios para o município, bem como para os cidadãos santa-ritenses. “É de extrema importância termos esse apoio para implantar melhorias na iluminação e segurança pública. Essa iniciativa vai impulsionar o desenvolvimento econômico e social de nossa cidade”, destacou.
As ações irão estimular ainda o desenvolvimento das startups do Vale da Eletrônica, como a Fractum, fabricante de soluções em RF. Segundo o empresário André Leite, a expectativa com este projeto é bem alta, pois poderá abrir novos mercados para a empresa além de trazer inúmeros benefícios para a população. “Poder beneficiar nossa cidade com a nossa tecnologia é um dos nossos grandes orgulhos. Empregar nossa tecnologia no sistema de iluminação pública permitirá implementar diversas outras ações futuras de IoT” ressaltou.
O projeto se tornou viável em função da parceria com grandes empresas do setor de TIC, como a TIM e a Ericsson, que vem trabalhando em conjunto e investindo no desenvolvimento tecnológico da rede.
A rede 4G, ativada comercialmente pela TIM em Santa Rita do Sapucaí, desde o ano passado, é a primeira no Brasil habilitada com a funcionalidade Nb-Iot, que permite viabilizar a criação de soluções inteligentes para a cidade. “A TIM acredita que a Internet das Coisas é um dos pilares da reinvenção digital dos modelos de negócio, habilitando modelos mais eficientes e destravando novas oportunidades de negócio. Com esse espírito, a TIM é uma entusiasta e pioneira na implementação do Narrow Band IoT (NB-IoT) no Brasil e na América Latina, uma rede de internet móvel dedicada a conectar as Coisas. O NB-IoT é um padrão global de conectividade das coisas com benefícios evidentes para os seus desenvolvedores, tais como: menor consumo de energia, menor custo de componentes – escala global, maior alcance de cobertura em prédios e subsolo, maior segurança e confiabilidade de rede, tudo isso sobre a maior cobertura 4G do Brasil”, explica Janílson Bezerra, head de Innovation & Business Development da TIM Brasil.
“Com a população já conectada através dos celulares, nosso foco nesta parceria será em permitir que a nova geração de dispositivos se utilizem da mesma conectividade fornecida pelas operadoras para trazer benefícios tanto às municipalidades – como redução de custos e gerenciamento integrado de recursos -, quanto aos cidadãos, que poderão usufruir de mais segurança e organização. A Ericsson se posiciona como agente tecnológico desta mudança, integrando as camadas do ecossistema (dispositivos, conectividade, aplicações) e permitindo que novas ideias sejam rapidamente convertidas em soluções práticas”, diz Leandro Nobre, CTO da Ericsson para a TIM.
Realizada em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações (MCTIC), a chamada do BNDES recebeu 53 planos de projetos-piloto, dos quais 15 foram selecionados e receberão aporte de 50% do valor total do projeto.
FONTE: IPESI