Setor de bens de capital cresce 7,5% de janeiro a maio
O setor de bens de capital obteve receita líquida total no valor de R$ 7.176 milhões no mês de maio de 2019, o que reflete crescimento de 4,7% em relação a abril e 15,1% na comparação com maio de 2018. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a receita líquida total somou R$ 32.558 milhões, um crescimento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2018.
A receita líquida interna no mês de maio de 2019 foi de R$ 4.211 milhões, crescimento de 11,7% em relação ao mês anterior e 0,6% acima do mesmo mês de 2018. No acumulado do ano, somou R$ 18.024 milhões, 12,5% acima do volume obtido no período de janeiro a maio de 2018.
O consumo aparente no mês de maio foi de R$ 11.296 milhões, 22,4% acima do mês anterior e 23% a mais que no mês de maio de 2018. No acumulado até maio, o consumo aparente totalizou R$ 45.781 milhões, 12,3% superior ao mesmo período de 2018.
Os dados foram divulgados no dia 25 de junho, pela Abimaq. Para a entidade, embora os números do setor de máquinas e equipamentos sejam superiores aos observados no primeiro semestre de 2018 há dúvidas se a melhora será mantida nos próximos meses. A Abimaq destaca também que a base de comparação é baixa já que no primeiro semestre de 2018 houve a paralisação dos caminhoneiros.
A Abimaq afirma ainda que, dado o cenário econômico brasileiro, com retração de 0,2% no PIB do primeiro trimestre, os investimentos podem ser adiados. Isso poderá fazer com que a entidade revise as expectativas de crescimento setorial de 2019, hoje estimada em 5%.
O desempenho do setor no acumulado até maio foi puxado pelo mercado doméstico. As exportações no período somaram US$ 3.750 milhões, o que indica uma variação negativa de 3,6% na comparação com o mesmo período de 2018. A redução no volume de exportações deve-se não só à contração da economia da Argentina – o PIB do país recuou 5,8% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período de 2018 -, como também na redução do volume de exportações para países da Europa (Holanda e França) e para a China.
As importações no período de janeiro a maio somaram US$ 6.272 milhões, crescimento de 6,6% acima do mesmo período de 2018.