Usina nuclear Angra 2 completa 20 anos de operação comercial
Usina nuclear Angra 2, que entrou em operação comercial em 1º de fevereiro de 2001, gerou no total de mais de 200 milhões de megawatts-hora (MWh), número alcançado em junho de 2020. Com potência de 1.350 megawatts (MW), a usina é capaz de atender ao consumo de uma cidade de 2 milhões de habitantes, como capital mineira, Belo Horizonte.
Logo que foi conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), Angra 2 já demonstrou sua relevância. Na época, o Brasil passava por uma grave crise energética, e a usina foi fundamental para reduzir o impacto do racionamento de energia que estava em vigor, pois permitiu a economia da água dos reservatórios das hidrelétricas.
Em 2017, Angra 2 bateu recorde de produção de energia bruta com 11.535.500 MWh gerados. No ano passado, a unidade gerou 9.448.896 MWh, alcançando fatores de disponibilidade de 80,18% e de capacidade de 79,44%. Além disso, o indicador de taxa de perda forçada fechou o último ano em 0,02%.
Angra 2 também completou 24 meses sem nenhum desligamento imprevisto. “Trata-se de um marco importante, fruto do trabalho que fizemos ao longo dos últimos três anos. Quando não se tem desarmes, isso significa que a planta está operando com graus de segurança e confiabilidade altíssimos”, frisa o diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, João Carlos da Cunha Bastos.
O executivo acrescenta que, nessas duas décadas, Angra 2 provou ser uma usina eficiente, tendo ficado entre as dez plantas nucleares de maior geração do mundo mais de uma vez, à frente, inclusive, de unidades com potência superior. “Angra 2, juntamente com Angra 1, opera na base do sistema com uma confiabilidade muito grande, o que proporciona estabilidade ao sistema interligado”, explica Bastos.
Angra 1, a primeira usina da central nuclear do país, também teve uma performance significativa em 2020. A unidade produziu 4.603.623 MWh de energia elétrica bruta, atingindo fatores de disponibilidade de 82,39% e de capacidade de 81,26%.