Metal Mecânica

Vários indicadores já sugerem recuperação industrial do país

Diversos indicadores de atividade econômica acusaram em junho uma reversão da forte queda do mês anterior, superando até os níveis do período anterior à greve dos caminhoneiros. Isso tem provocado revisões para cima na estimativa da produção industrial realizada no mês passado. Com isso, a própria perspectiva para o segundo trimestre, antes muito negativa, também melhorou.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou, por exemplo, que o fluxo de veículos nas estradas aumentou 13,6% em junho, diante de maio, já descontado o ajuste sazonal. Em maio, houve queda de 15% na comparação com abril. A movimentação de veículos leves subiu 3,4% frente a maio e a de pesados aumentou de 47% no mesmo período, de acordo com a entidade.

No caso dos veículos pesados, a expansão de junho é maior que a contração observada em maio, na série dessazonalizada, a ponto de trazer o fluxo de pesados a níveis semelhantes aos observados em 2013, ano em que a situação macroeconômica no país era bem mais favorável.

Já a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) informou que a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado cresceu 34% na comparação com maio, feito o ajuste sazonal, para 323,903 mil toneladas, o maior volume da série histórica. O resultado aparentemente favorável reflete principalmente a recomposição da expedição após a greve dos caminhoneiros. No segundo trimestre, a expedição ficou estável em relação ao primeiro.

Na semana anterior, a Anfavea (que reúne as montadoras) já havia informado aumento de 37% na produção de veículos e comerciais leves e de 48% na de caminhões e ônibus, em junho também na comparação com maio, com ajuste sazonal. A Fenabrave (que reúne as concessionárias) divulgou alta de 6,8% nas vendas no período.

A LCA Consultores estima que, após a queda de 10,9% em maio diante de abril, feito o ajuste sazonal, a produção industrial brasileira vá aumentar 14% em junho frente a maio e 4,5% em relação a junho do ano passado. Antes, a expectativa era de alta de 10,3% no mês e de 0,2% diante de junho de 2017.

Outras consultorias e bancos também revisaram a estimativa da indústria para cima. O Itaú elevou a projeção para alta de 12% em junho em relação a maio, diante de aumento de 10,9% estimado antes. Essa revisão deve-se ao dado da ABCR. Para o Bradesco, o avanço do fluxo de veículos pesados e outros indicadores coincidentes já conhecidos indicam uma retomada da produção industrial em junho, revertendo a forte queda observada em maio.

O Santander, que estimava alta de 8% da indústria em junho na comparação com maio, revisou o dado para ganho de 11,8%, feito o ajuste sazonal, implicando queda de 0,7% no segundo trimestre, em relação ao primeiro, em vez da queda de 4,1% estimada anteriormente. Já a MCM Consultores espera forte alta de 14,3% na produção de junho frente a maio.

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