Agricultura e pecuária adotam a automação, mas há desafios
A agricultura e a pecuária brasileiras adotam a automação. Enquanto a agricultura apresenta maior dificuldade em integrar soluções como máquinas e equipamentos ao sistema de gestão, a pecuária, especialmente nas frentes de corte, leite, suinocultura e avicultura, tem mostrado crescimento constante da automação.
A Região Sudeste lidera o avanço tecnológico, com um crescimento de 67% no indicador desde 2019, de acordo com a mais recente edição do Índice Agrotech, levantamento realizado pela Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil entre outubro de 2023 e janeiro de 2024. Regiões como o Centro-Oeste e o Sul, embora tenham registrado reduções recentes em seus índices, ainda superam a média nacional de 0,205. O índice varia de 0 (zero) a 1 (um), sendo 0 a ausência total de equipamentos, sistemas ou maquinário, e 1 representando a digitalização completa dos processos. Para o estudo foram entrevistados 449 decisores de propriedades.
O estudo destaca que pequenas fazendas, devido à menor capacidade de realizarem investimentos, enfrentam maiores dificuldades para adotar inovações. Ainda assim, houve um aumento de 29% na automação dessas propriedades desde o início da mensuração em 2019. Já as médias e grandes fazendas, cujos respectivos indicadores apresentaram uma leve diminuição em 2023, seguem se mostrando mais tecnológicas do que a média nacional.
Os principais desafios para os próximos anos incluem a adoção de sistemas de gestão automatizados, a preservação de recursos naturais e o incremento nos investimentos em tecnologia. Segundo a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, é fundamental integrar processos, maquinários e sistemas de gestão para maximizar o potencial da automação e garantir um desenvolvimento sustentável para o agronegócio brasileiro.