Candidatos a adquirir veículos elétricos têm dúvidas sobre como carregá-los
Os emplacamentos de carros elétricos aumentam no Brasil. Em 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), 34.990 unidades foram emplacadas – marcando um recorde histórico de vendas. Em 2020 foram 19.745 emplacamentos. Porém, os novos proprietários de veículos elétricos e aqueles que desejam adquirir esse tipo de veículo, têm dúvidas sobre como carregar o seu carro.
“É comum que surjam muitas dúvidas em relação à infraestrutura necessária para carregar um carro elétrico, principalmente porque estamos acostumados a abastecer no posto de gasolina e não ligá-los na tomada. Essas dúvidas também aparecem para os condomínios, que devem pensar em estruturas específicas diferentes das usuais e no consumo coletivo”, diz Ricardo David, sócio-diretor da Elev.
Segundo David, uma pergunta frequente daqueles que consideram um carro elétrico é: posso carregar ele dentro de casa? A resposta é sim, diz. Os carros elétricos podem ser carregados nas tomadas de casa, sem nenhum problema. Mas é importante que essas fontes de carregamento sejam em tomadas de 220V e, de preferência, aterradas – para que não haja riscos de incêndios ou curto-circuitos. O grande problema desse tipo de carregamento é que, apesar de ser cômodo carregar o carro usando a mesma tomada em que você usa para ligar outros aparelhos eletrodomésticos, o carregamento nesse cenário ainda leva muito tempo e, portanto, é considerado uma medida de emergência.
Para não ter que passar 20 horas esperando o seu carro carregar fica outra opção: o Wallbox. Esse aparelho nada mais é do que um carregador doméstico que diminui o tempo de carregamento dos veículos elétricos em muitas horas. Infelizmente, segundo David, “o grande problema dos Wallbox é que, apesar de práticos e de diminuírem o tempo de recarga em muitas horas, eles ainda são aparelhos um pouco caros, custando na média dos R$ 5000. Portanto, é um investimento que tem que ser planejado com alguma antecedência.”
Assim como na instalação de uma tomada doméstica, o wallbox também precisa de planejamento para ser instalado. Além de ser necessário considerar uma avaliação da rede elétrica para evitar possíveis problemas com a distribuição de energia em casa. “Esses aparelhos funcionam com voltagens variadas (de 220V a 380V) e com correntes que também variam entre 16A e 32A. Uma boa vantagem é que esses carregadores fixos possuem uma instalação elétrica própria, o que os torna bem seguros”, explica David.
O executivo também afirma que é importante ter noção de como funcionam os eletropostos disponíveis na cidade. Há dois tipos de carregadores: os públicos e os privados.
Muitos carregadores públicos são disponibilizados gratuitamente para aqueles que desejarem usá-los. Já para os carregadores privados, sejam em estabelecimentos comerciais ou dentro dos condomínios, a taxa para a utilização poderá ser incorporada de diversas maneiras, seja como um serviço à parte ou como parte do condomínio. Para David, “a maneira como o serviço é taxado ainda depende muito das próprias instituições e de como elas desejam cobrar por esses instrumentos.”