China responde ao tarifaço de Trump com restrições nas exportações de terras raras e aumento na tarifa sobre os importados dos EUA
A China lançou uma série de contramedidas nessa sexta-feira, 4 de abril, incluindo controles de exportação de elementos de terras raras e novas tarifas, em resposta ao aumento da alíquota de importação imposta pelo governo de Donald Trump, conforme a imprensa chinesa.
Em uma declaração conjunta, o Ministério do Comércio e a Administração Geral das Alfândegas anunciaram restrições imediatas à exportação de sete principais elementos de terras raras: samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio.
Esses elementos são essenciais para a fabricação de ímãs de alto desempenho usados em tecnologias de defesa, aeroespacial e energia verde. Citando sua natureza de uso duplo nas indústrias militar e civil, as autoridades chinesas disseram que a mudança se alinha com as normas globais e é necessária para proteger a segurança nacional.
Pequim também impôs uma tarifa adicional de 34% sobre todas as importações de origem norte-americana a partir de 10 de abril, conforme aprovado pelo Conselho de Estado, o Gabinete da China.
A China também adicionou 16 entidades dos EUA, incluindo High Point Aerotechnologies e Universal Logistics Holdings Inc, à sua lista de controle de exportação.
De acordo com a nova regra, as empresas chinesas estão proibidas de exportar itens de uso duplo para essas 16 entidades dos EUA. Quaisquer atividades de exportação relacionadas em andamento devem ser imediatamente interrompidas, segundo o Ministério do Comércio.