CNI registra aumento da confiança em 26 dos 29 setores da indústria em agosto
O Índice de Confiança do Empresário Industrial por setor (Icei – resultados setoriais) subiu em 26 de 29 setores industriais avaliados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na passagem de julho para agosto de 2022. Mesmo os três setores nos quais que a indicador caiu entre um mês e outro também seguem otimistas em relação à economia, pois a queda não foi suficiente para reverter a confiança acumulada nos meses anteriores. Foram entrevistadas 2.251 empresas, sendo 883 de pequeno porte, 832 de médio porte e 536 de grande porte entre 1º e 9 de agosto de 2022.
A economista da CNI Larissa Nocko explica que todas as segmentações da indústria perceberam melhora das condições atuais da economia brasileira em agosto.
“A melhora da confiança do empresário está associada a dois fatores: a recuperação da economia, que vem se apresentando desde o primeiro semestre, e as desonerações que ocorreram em itens que afetam amplamente os setores industriais e vinham pressionando os custos de produção, como energia e combustíveis, dando algum alívio para essa pressão de custos que já vem atrapalhando a indústria brasileira há algum tempo”, afirma.
As maiores variações positivas na confiança ocorreram nos setores: Couro e artefatos de couro (+7,1 pontos), Biocombustíveis (+4,6 pontos) e Produtos de metal (+4,2 pontos). Os três setores que registraram queda foram: Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,5 pontos), Produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (-1,8 ponto) e Máquinas e equipamentos (-0,3 ponto).
Todos os setores industriais registraram melhora na avaliação das condições atuais da economia brasileira e 20 setores fizeram uma transição de uma percepção de piora da economia brasileira na comparação com os últimos seis meses, em julho, para uma percepção de melhora da economia, em agosto.
A confiança do setor industrial avançou em todas as regiões do Brasil: Centro-Oeste (+3,5 pontos); Norte (+3,1 pontos); Sul (+2,2 pontos); Nordeste (+2,2 pontos); e Sudeste (+2,1 pontos).
Com exceção da região Norte, que já estava com percepção de melhora da economia brasileira em julho, as demais fizeram uma transição se uma percepção de piora da economia, em julho, para percepção de melhora da economia em agosto.