Eletrônica e Informática

Consumo de energia cresce 2,16% em janeiro, indica o Índice Comerc

O consumo de energia começa o ano com alta de 2,16% em relação a dezembro. É o que aponta o Índice Comerc, que avalia o consumo de energia pelos 11 principais setores da economia.

Em janeiro, sete setores apresentaram aumento no consumo de energia em comparação ao mês anterior – com destaque para Têxtil, Couro e Vestuário (+ 12,02%), Eletromecânica

(+11,42%) e Materiais de Construção (+6,47%).

“No último trimestre de 2021, a produção industrial apresentou leve retração, impactada pela escassez ou o alto custo das matérias-primas, crise hídrica, alta do dólar e da inflação.

Apesar do consumo de energia em janeiro estar dentro da margem histórica, quando consideramos o cenário de instabilidade dos últimos dois anos, essa ligeira alta pode ser vista de forma positiva”, avalia Marcelo Ávila, vice-presidente do Grupo Comerc Energia.

Mesmo com a expectativa de que, em 2022, a inflação perca  um  pouco  de  força  – influenciada, por um lado, pela redução da demanda e do preço dos combustíveis, e, por outro, pelo resultado da safra recorde de alimentos -, Ávila reforça que é necessário ver as projeções com cautela, visto que ainda estamos lidando com os impactos da pandemia. “A previsão do Banco Central é de que o PIB brasileiro deva crescer apenas 0,4% neste ano. Mesmo com ares de retomada, levará algum tempo para que a economia saia do patamar de estagnação”.

O consumo de energia em janeiro recuou nos setores de Alimentos (-0,30%), Manufaturados (-1,01%), Embalagens (-1,27%) e Comércio e Varejista (-1,71%).

Para 2022, a expectativa é que a energia renovável siga em expansão, com a popularização das fontes solar e eólica e com a ampliação dos investimentos em novas fontes, como o hidrogênio verde. A abertura gradual do mercado de energia, permitindo que pequenos e médios consumidores passem a operar no ACL – Ambiente de Contratação Livre, também deverá movimentar o cenário.

O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo de cerca de 3.200 unidades de consumo pertencentes a mais de 1.525 empresas que compram energia elétrica no mercado livre.

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