Eletrônica e Informática

Consumo de energia elétrica caiu 1,5% em 2020, aponta CCEE

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) fechou os dados referentes à geração e consumo de energia elétrica em todo o país durante 2020. Com o impacto do coronavírus na vida das pessoas e na economia, o consumo de energia elétrica foi 1,5% menor no período em relação ao ano de 2019.

De acordo com Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, “nos últimos quatro a cinco meses, houve uma rápida recuperação, principalmente nos setores de grande consumo. Ainda assim, abril, maio e o início de junho foram muito ruins em termos de consumo nos setores de produção, bens e serviços. Nessa época acreditávamos que ficaríamos de 5% a 6% abaixo de 2019. Dadas as circunstâncias, uma redução de 1,5% é um dado animador.”

Observa-se um aumento do consumo de 2,8% no mercado livre e uma retração de 3,4% no regulado. O resultado também foi impactado pela migração expressiva dos consumidores entre os ambientes de contratação, que conta com a adição de 1.522 agentes e 5.239 unidades consumidoras em 2020.

Quando se observa o resultado do consumo por ramos de atividade das empresas participantes do Ambiente de Contratação Livre – ACL, é possível verificar uma queda muito acentuada nos segmentos de veículos, que apresentou retração de 11,6%, e transportes, com uma redução de 6,3%. Na outra ponta do ranking temos o setor de saneamento, que cresceu 24% no período, e comércio, que avançou 12,1%. Os dados consideram todas as cargas, inclusive as migradas ao mercado livre em 2020.

A leitura por região aponta os estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro como os mais impactados pelo recuo do consumo de energia no ano passado. Os três registraram quedas próximas de 5% na comparação com 2019. Já o Pará, o Mato Grosso e o Amazonas lideram a lista de maiores altas, com crescimento de 6%, 5% e 3%, respectivamente.

 

GERAÇÃO – O comportamento da geração foi similar à do consumo. Houve uma redução de 1,6% no Sistema Interligado Nacional (SIN), passando de uma produção de 64.637,5 MW médios em 2019 para 63.596,8 MW médios em 2020.

Entre as fontes, foi observada uma redução na comparação entre 2020 e 2019 por parte das Térmicas, de -7,1%, e das Hidrelétricas de – 0,9%, impactadas pela redução do consumo. Por outro lado, observou-se um aumento nas Eólicas, de 1,5%, e nas usinas Solares Fotovoltaicas, de 19,3%. O resultado de ambas se explica por questões climáticas e pela ampliação nos parques produtores.

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