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Demanda interna por bens industriais apresenta alta no terceiro trimestre

A demanda interna por bens do setor industrial apontou recuo de 2,3% em setembro, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi puxado pela queda de 4% nas importações de bens industriais, acompanhada de um recuo de 1,3% na produção interna líquida (bens produzidos no país, excluídos aqueles destinados à exportação).

“Apesar da queda de setembro, o terceiro trimestre fechou com alta de 2,7% em relação ao trimestre anterior e de 4,1% em relação ao mesmo período de 2017”, destaca o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e autor da análise, Leonardo Mello de Carvalho.

Na comparação com o mesmo período no ano passado, a demanda interna por bens industriais caiu 1,8% em setembro. O resultado é similar ao desempenho apresentado pela produção industrial, que registrou queda de 2% segundo o IBGE. No acumulado de 12 meses, a demanda por bens industriais seguiu ritmo de crescimento mais intenso que o apresentado pela produção industrial: 5,1% e 2,7%, respectivamente.

Em relação às grandes categorias econômicas, a queda registrada em setembro foi bastante disseminada. Bens semi e não duráveis foi o único segmento com alta no consumo aparente, de 1,1% em relação ao mês de agosto. Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos de bens de capital (-17,7%) e bens de consumo duráveis (-7,5%).

Quanto às classes de produção, apenas seis segmentos avançaram, de um total de 22. O principal destaque positivo de setembro foi o segmento “outros equipamentos de transporte”, com avanço de 11%.

O desempenho foi melhor na comparação interanual, com 10 segmentos com variação positiva em setembro ante o mesmo período de 2017. Os destaques positivos foram farmoquímicos (17,9%) e metalurgia (10,6%). Neste comparativo, a maior oscilação negativa veio do segmento denominado outros equipamentos de transporte, que caiu 21,2%. Por fim, em relação ao resultado acumulado em 12 meses, 19 segmentos apresentaram variação positiva até o mês de setembro.

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