Indicadores do setor de máquinas e equipamentos sugerem normalização das atividades produtivas
O mercado brasileiro de bens de capital mecânicos obteve receita líquida total de R$ 12.519,28 milhões no mês de agosto, 0,4% menos que no mês anterior e 4,4% acima do obtido no mesmo mês de 2019, sendo o segundo mês consecutivo de crescimento positivo desde março. No acumulado do ano, a receita líquida total foi de R$ 82.171,91 milhões, 3,4% menos que no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida interna, no valor de R$ 9.501,50 milhões no mês de agosto, é 2,4% superior em comparação ao mês anterior e 16,5% acima do mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, a receita líquida interna totalizou R$ 58.154,39 milhões, 0,7% acima do mesmo período de 2019.
Já o consumo aparente no mês de agosto foi de R$ 16.205,31 milhões, 0,2% acima do mês anterior e 10% menos que em agosto de 2019. No acumulado do ano, o consumo aparente de R$ 117.407,47 milhões foi 6,6% superior ao do mesmo período de 2019.
Os dados foram divulgados pela Abimaq no último dia 30 setembro. Para a entidade, os dados de agosto confirmam a normalização das atividades produtivas do setor de máquinas e equipamentos. Em termos absolutos, o setor retomou o mesmo patamar de faturamento de 2019 em agosto de 2020, embora as quedas nas receitas entre os meses de março e junho ainda puxem para baixo os valores do acumulado do ano.
Ao analisar os dados referentes à receita interna, a Abimaq diz que o forte impacto da pandemia da Covid-19 vem sendo diluído ao longo dos meses, e que o mercado interno é o responsável pela recomposição das receitas no segundo semestre. Os dados indicam que o setor caminha para uma estabilidade próxima ao do período pré-pandemia. A entidade frisa que “caso essa reorganização da atividade industrial ganhe força no país, será possível retomar a expectativa de investimentos em 2021.”
COMÉRCIO EXTERIOR – O volume de exportações vem apresentando queda por seis meses consecutivos e nem mesmo a desvalorização do real é suficiente para reverter a situação. Em agosto, as exportações no valor de US$ 552,58 milhões são 10,8% menores que a do mês anterior e 37,7% inferiores ao do mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 4.683,72 milhões e são 28,3% menores que no mesmo período de 2019.
O volume de importações também cai. No mês de agosto, o volume de importados somou US$ 1.076,78 milhões, 5,5% menos que no mês anterior e 46,2% menos que no mesmo mês de 2019. No acumulado até agosto, as importações somaram US$ 10.272,20 milhões – 6,4% menos que no mesmo período de 2019.
O nível de utilização da capacidade instalada em agosto ficou em 72,7% o que reflete queda de 4,1% na comparação com o mesmo mês de 2019.
A carteira de pedidos segue praticamente estável desde o início do ano. De julho para agosto, houve uma pequena variação, passando de 9,1 para 9,4 semanas em média para o atendimento.
O nível de empregos melhorou de julho para agosto, com variação positiva de 2,6%. No final de agosto, o setor empregava 308,516 pessoas. (Franco Tanio)