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Licitação para a retomada das obras da Ferrovia Transnordestina no Pernambuco será lançada no segundo semestre

A licitação para a retomada das obras da Transnordestina será realizada no começo do segundo semestre de 2025, após conclusão do projeto executivo, de acordo com os ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e dos Transportes, Renan Filho.

 

A intervenção tem o objetivo de conectar Pernambuco ao restante do país, e é considerada um projeto estratégico para o escoamento da produção nordestina e a integração regional.

 

A Transnordestina terá cerca de 1.750 km de extensão, e com todo o projeto concluído, vai interligar o Porto de Suape, em Pernambuco, ao estado do Piauí, passando por diversos municípios e promovendo para eles o acesso a mercados nacionais e internacionais.

 

Com a ferrovia, o Governo Federal pretende ampliar a competitividade dos produtos nordestinos, especialmente aqueles oriundos da agricultura e da pecuária, além de reduzir os custos logísticos e o tempo de transporte.

 

“A retomada da obra trará benefícios diretos à população local, como a geração de empregos durante a construção e a operação da ferrovia, além de impulsionar o desenvolvimento de cadeias produtivas na região”, disse o ministro Silvio Costa Filho.

 

A expectativa é de que, com a conclusão da Transnordestina, o Nordeste se beneficie de um aumento significativo na movimentação de cargas, reduzindo a dependência de modais de transporte rodoviário e melhorando a logística regional.

 

A Transnordestina é vista como essencial para o transporte de diversos produtos, como grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis, minério, entre outros, da região conhecida como Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

 

FINANCIAMENTO – Em fase decisiva para sua conclusão, a obra também já está com investimentos garantidos e uma estrutura de financiamento sólida, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Antonio Marco Campos Rabello. A empresa é parceira do governo federal no empreendimento.

 

O projeto conta com autorizações de financiamento que incluem recursos do governo e, se tudo caminhar conforme o previsto, deve ser finalizado em pouco mais de dois anos.

 

A Transnordestina tem basicamente todo o seu ‘funding’ equacionado, com financiamento de longo prazo e custo reduzido, e também conta com uma liberação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

 

Além disso, metade dos recursos captados será transformada em ‘equity’ (participação acionária) dentro do projeto, garantindo uma ferrovia moderna e desalavancada desde o início.

 

No trecho entre o Complexo Industrial e Portuário de Pecém, no Ceará, e Eliseu Martins, no Piauí, a ferrovia pertence à Transnordestina Logística, subsidiária da CSN. A obra já possui R$ 600 milhões em caixa e deve receber R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2025, além de mais R$ 1 bilhão no fim do ano.

 

Com 80% dos trechos já contratados, o avanço do projeto reforça a expectativa da empresa siderúrgica de que a ferrovia será um ativo estratégico para o seu futuro. (texto: Alberto Mawakdiye/foto: Divulgação/CSN)

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